O INCÊNDIO DA FÁBRICA POTÊNCIA
O incêndio da fábrica Potência, no Distrito Industrial, foi classificado de grandes proporções, em razão da perda total da indústria, que operava material sintético.
Além deste, armazenava também no interior do prédio, lubrificantes e combustíveis; inflamáveis que contribuíram fartamente para o resultado.
Nesse combate, ocorreu um grave acidente com um soldado e um sargento. Um desses heróis anônimos, tentou remover um tambor de óleo lubrificante, e como a tampa se desprendeu, ele foi atingido pelo material efervescente, e acabou por ter queimaduras graves. Outros apenas se feriram nos pés, pois o calçado da época. não era tão resistente como os de hoje , e a fibra sintética derretia-se com o contato com os inflamáveis em chamas.
A intensidade do fogo obrigou-nos a usar água de piscinas de clubes ao redor. As estruturas da fábrica ficaram apenas com ferros retorcidos, ou que se retorciam ao fogo, pingando como lágrimas altamente incandescentes.
Era assustador sentir as temperaturas elevadíssimas, mesmo em certas distâncias do sinistro.
Nota: Os feridos mais graves no incêndio da Potência foram o soldado 2101, João Istanilau da Silva Pedrosa, recolhido ao Pronto Socorro e Hospital dos Acidentados (av. Joaquim Nabuco) com “queimaduras nos membros inferiores direito e esquerdo de 1º e 2º graus, sobre 15% da superfície corporal”. Recebeu alta hospitalar em 4 de dezembro, e seguiu sob os cuidados do Serviço de Saúde da corporação. Seis meses depois estava de volta ao serviço e, em 2011, subtenente PM aguardava a transferência para a reserva. O outro foi o 3º sargento 0265, Eunesimo Batista Serra, com ferimentos leves, medicado no pronto atendimento. Todavia, sua sorte tem nome e graduação: soldado Renato José Monteiro Rola que o socorreu, evitando o pior.
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