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quinta-feira, 26 de junho de 2014

Rua Pedro Botelho


A Rua Pedro Botelho que se inicia no Rio Negro, lado Sul e termina na antiga Praça de Monte Cristo, hoje Quintino Bocaiúva, conforme cadastro da Prefeitura Municipal, já foi Rua Oriental, Rua Botelho, Rua Raimundo Salgado e também Rua Pedro Paulo. A mudança ressalte-se, vem desde o tempo da Intendência.

A história dessa artéria de pouco mais de quatro quadras, começou em janeiro de 1982. Num relato inserido em Ata da Câmara Municipal de Manaus, o Intendente Sérgio Rodrigues Pessoa, cita que alguns anos depois, foi dada a denominação de Rua Botelho à artéria aberta entre as Ruas dos Remédios e dos Andradas em virtude de ter o Capitão Álvaro Botelho da Cunha, cedido a título gratuito os terrenos para a mesma rua. O Capitão Álvaro Botelho, diz o Intendente, foi o primeiro Inspetor da Tesouraria da Fazenda Geral, da então Província do Amazonas, cargo em seu se aposentou.

As mudanças

Em dezembro de 1907, o mesmo Sérgio Rodrigues Pessoa, com um projeto de sua autoria, transformado em Lei, mudou a denominação para “Rua Raimundo Salgado”, mencionando na sua proposição como ex-Rua Oriental, desconhecendo que o nome real era Rua Botelho.

O Intendente estava homenageando o Coronel Raimundo Nunes Salgado, mas a nova denominação não chegou a ser gravada pela população, tanto que em 1910, a Intendência aprovou outro Projeto transformado em Lei nº. 642, voltando a mudar o nome que já estava oficializado como “Rua Raimundo Salgado”, mas o autor do Projeto dizia: a atual Rua Oriental passa a denominar-se de “Rua Pedro Paulo”. Quer dizer, também desconhecia o nome oficial.

O propósito era o de homenagear o General Pedro Paulo Fonseca Galvão, Inspetor da Primeira Região Militar, e que garantiu a volta do governador Coronel Antônio Clemente Bittencourt deposto do cargo por ocasião do bombardeiro verificado em 8 de outubro de 1910.

O Projeto foi aprovado no dia 22 de novembro de 1910 e a Lei tomou o nº. 477. Mas durou pouco a denominação de “Pedro Paulo” porque em outubro de 1919 voltava o Intendente Sérgio Rodrigues Pessoa a propor nova mudança: de “Pedro Paulo” para “Pedro Botelho”, nomenclatura que permanece até os dias atuais.

Era assim homenageado o Coronel Pedro Botelho da Cunha que, como militar no desempenho de Comissões no Congresso Legislativo deste Estado, de onde era filho e que como engenheiro da municipalidade, como professor da Universidade de Manaus, como diretor e Senador pelo Amazonas em 1912.

Pedro Botelho faleceu em Manaus no dia 11 de novembro de 1919, tendo o autor do projeto salientado que “a sociedade amazonense sofreu a perda irreparável de um de seus mais diletos membros por todos os títulos, aos qual o País, o Estado do Amazonas e o Município de Manaus devem serviços de alto valor pela proficiência, dedicação e patriotismo com que foram prestados”.

Fonte: BAÚ VELHO

Rua Doutor Almino


O Intendente João Severiano de Souza, na reunião do dia 9 de maio de 1928, apresentou projeto de Lei à Intendência Municipal, mudando a denominação de Rua "Dr. Alminio" para Rua "Dr. Alminio Afonso".

No mesmo projeto, o seu autor propôs a denominação de Rua Princesa Isabel para Rua Isabel; Barão de Juruá e Barão Machado e Silva, respectivamente, para Ruas Guilherme Moreira e Dr. Aprígio, além de denominar de "Praça 9 de Novembro" a conhecida "Praça l4 de Janeiro".

O Projeto foi aprovado na reunião do dia 14 de maio de 1928, transformando-se na Lei número nº 1.486, assinada pelo presidente da Intendência, Sérgio Rodrigues Pessoa e publicada no Diário Oficial, dois dias depois à sua promulgação.

REVOGAÇÃO

Dois anos depois, ao assumir os destinos da Prefeitura Municipal (em 1930), o Prefeito Marciano Armond baixou Decreto número 03, de 01 de novembro, fazendo voltar as antigas denominações de todas as Ruas, Avenidas e Praças, mudadas nessa década.

“Com efeito, a Lei do Intendente João Severiano de Souza que mudava o nome de rua Dr. Alminio para Rua Dr. Alminio Afonso", foi revogada. Pode ser estranho um Decreto anular uma lei, mas o regime político da época permitia.

PROIBIÇÃO

No final da década de 70, o Vereador radialista Daví Rocha apresentou projeto de Lei à Câmara Municipal proibindo mudanças de nomenclaturas de ruas, avenidas e praças pelo espaço de vinte anos, até que a Comuna pudesse corrigir as distorções existentes. O projeto foi engavetado. Permaneceu durante muito tempo a espera de alguém que tomasse uma posição séria e eficaz para que a desordem das nomenclaturas não se tornasse insolúveis.

No cadastro da Prefeitura, constava o nome de rua Dr. Alminio, que na verdade também não era o correto, pois o homenageado chamava-se Almino. Homenagem a ALMINO ALVARES AFFONSO.

QUEM ERA

Almino Affonso, nascido no Rio Grande do Norte, era advogado, jornalista, poeta, tribuno e ardoroso propagandista de libertação dos escravos no Amazonas e no Ceará. Foi deputado à Constituinte que elaborou a Carta de 24 de agosto de 1891, eleito por sua terra natal. Dr. Almino Affonso residiu em Manaus nos últimos anos de sua vida e foi Senador pelo Amazonas.

Morreu em Fortaleza a 13 de fevereiro de 1899, aos 59 anos. Dados do Dicionário Bio-Bibliográfico Brasileiro – Velho Sobrinho – Rio de Janeiro, 1937.

Fonte: BAÚ VELHO

SANTA CASA DE MISERICÓRDIA


O prédio da Santa Casa de Misericórdia de Manaus, localizado na rua 10 de julho, foi construído em 1880, portanto, há 130 anos para prestar bons serviços de saúde ao nosso povo, mas encontra-se hoje de portas fechadas, abandonada, absolutamente esquecida pelo poder público, uma vergonha, levando-se em conta a ausência de hospitais para atender aos que, nesta terra, tem necessidade de assistência-hospitalar. Até agora não foram encontradas nenhuma documentação anterior ao ano de 1950, ou seja, não conhecemos a sua história na totalidade.

A estrutura da Santa Casa conta com dois ambulatórios com 17 consultórios médicos e oftalmológicos, 202 leitos distribuídos em apartamentos e enfermarias da área clínica, cirúrgica e de maternidade, centro cirúrgico com cinco salas, UTI, e áreas de apoio tradicionais como lavanderia, laboratórios, cozinha banco de sangue e salas administrativas.

Desde 2005, o Governo sinalizou e apresentou propostas concretas para a reabertura do hospital, fechado no final de 2004, devido a grave crise financeira e administrativa.


ALGUMAS MANCHETES DO NOSSO HOSPITAL

Gêmeas deixam a cama após 24 anos inertes 

Era o início dos anos 80, o Brasil vivia sob as brumas do regime militar, não havia internet nem telefone celular, quando as gêmeas Ana Maria e Mariana Castro Beviláqua, de Manaus (AM), então com dois anos, submergiram em um estado de letargia após uma forte febre seguida de convulsão. Para a família, não havia esperança –o diagnóstico dos médicos era de paralisia cerebral. Foram 24 anos deitadas numa cama sem falar nem fazer movimentos com as pernas e os braços. As duas não viram passarem seis presidentes, o fim do comunismo nem a revolução on-line. Mas, agora, as gêmeas voltaram a ter uma vida quase normal. Freqüentam a escola e estão sendo alfabetizadas. Em março de 2003, após um exame neurológico realizado na Santa Casa de Misericórdia de Manaus, elas iniciaram o tratamento da síndrome de Segawa ou distonia responsiva à dopa (DRD, na sigla em inglês). O diagnóstico da síndrome de Segawa causou surpresa à família.

Morre Álvaro Maia 

“Morreu Álvaro Maia à 01h15min da madrugada de 4 de maio de 1969, num apartamento do Pavilhão Santana, da Santa Casa de Misericórdia de Manaus, acometido de infarto do miocárdio na manhã da véspera. Assistiram ao desenlace o médico assistente, Dr. Osvaldo Said, acompanhado pela enfermeira Ruth Helena, pela Srtª. Maria Helena Paiva Monte (prima) e Dr. Erasmo Alfaia (amigo). Imediatamente a notícia se espalhou e começaram a chegar ao hospital os amigos do morto, que foi velado no hall do Palácio Rio Negros desde o alvorecer. O sepultamento de Álvaro Maia se deu ao fim da tarde de 5 de maio, no Cemitério São João Batista, acompanhado por grande massa humana, sentida e emocionada”. 

(Dados biográficos de Álvaro Maia, publicado no livro “Álvaro Maia – Poliantéia – 1984”).

Fonte: BAÚ VELHO

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Avenida Constantino Nery


Constantino Nery, Hoje

A Avenida Constantino Nery já mudou de nome cinco vezes, mas agora já se vão mais de meio século e, felizmente, ninguém mais se preocupou em fazer nova troca. A denominação dessa Avenida foi oficialmente dada em 1905, por força da Lei nº. 426, de 30 de novembro.

Cinco anos depois, exatamente no dia 28 de novembro de 1910, a Intendência Municipal aprovou um projeto do Intendente Alberto Botelho Coelho, subscrito pelos seus pares Carlos Studart, Agostinho César de Oliveira, Francisco Bernardo de Farias e Polidoro Rodrigues, propondo a mudança do nome de Avenida Constantino Nery, para Avenida João Coelho, em homenagem ao então governador do Pará, Dr. João Antonio Luiz Coelho.

NOVA MUDANÇA

Já em 1919, o Intendente Licínio Silva foi o autor de outro projeto de Lei, mudando a denominação de Avenida João Coelho, para Avenida Olavo Bilac, propositura que foi aprovada e transformada na Lei nº. 999, de 20 de março.

Mas em 1927, o Intendente Sérgio Rodrigues Pessoa, foi autor de um projeto restabelecendo o nome da Avenida Constantino Nery, anulando, portanto, a Lei anterior, a que deu o nome de Olavo Bilac. O projeto de Sérgio Pessoa foi aprovado, sem qualquer restrição.

Em 1930, três anos depois, essa artéria sofre nova mudança em sua nomenclatura. O Prefeito Municipal nomeado por alguns meses, após a Revolução de 1930, professor Marciano Armond, baixou Decreto nº 03, com data de 01 de novembro anulou "as mais recentes leis que mudaram os nomes de diversas ruas e avenidas". Dentre elas estava a Avenida Constantino Nery, que por esse Ato voltou a chamar-se Avenida Olavo Bilac.

Embora restabelecida a denominação de Olavo Bilac, a verdade é que ninguém conseguiu gravar esse nome. Para os habitantes de Manaus, aquela via continuava sendo conhecida por João Coelho e por muito tempo, pois até os coletivos e os antigos "expressinhos", permaneciam com a placa de "João Coelho", pelo menos até a década de 70.

A VOLTA

Em 1953, na segunda legislatura da Câmara Municipal de Manaus após a redemocratização do país, o Vereador Walter Rayol, eleito pelo PTB com expressiva votação, levou a discussão do Plenário do Legislativo, um projeto que se transformou na Lei nº. 295, de 12 de outubro, propondo a volta do nome de Constantino Nery, com a justificativa que foi publicada no “O Jornal” desta cidade:

"Reparando uma injustiça que vem sendo mantida sem razão plausível, fazemos voltar a sua antiga denominação a Avenida Constantino Nery, que lhe foi dada em 1905, pela Lei n.426, de 30 de novembro. Esta via pública foi aberta no governo do general Constantino Nery, seu idealizador e construtor. Não desejamos fazer desaparecer o nome de Olavo Bilac, o poeta primoroso e principalmente fundador da Liga de Defesa Nacional. E, o nome de Olavo Bilac fica transferido para a terceira parte da Avenida Ipixuna, no bairro de Cachoeirinha".

Foi assim que a Avenida Constantino Nery voltou a ter seu nome primitivo. O projeto de Walter Rayol recebeu o apoio de seus companheiros Ismael Benigno, Edgard Macedo e Raimundo Coqueiro Mendes, este presidente da Câmara Municipal.

RESUMO

Lei nº 426, de 30-11-1905 – Constantino Nery para João Coelho;

Lei nº 999, de 26-03-1919 – João Coelho para Olavo Bilac;

Lei nº 1407, de 04-05-1927 – Olavo Bilac volta a Constantino Nery;

Decreto 03, de 01-11-1930 – Constantino Nery volta a Olavo Bilac;

Lei nº 295, de 12-10-1953 – Olavo Bilac volta a Constantino Nery.

Fonte: BAÚ VELHO

Igarapé de Manaus


O conhecido Igarapé de Manaus, uma pequena artéria que se inicia na Avenida Sete de Setembro, lado esquerdo da primeira ponte, sentido centro/bairro, passou a ter a denominação oficial, a partir de 1970, de "Walter Rayol", mas para o povo o nome continuou "Igarapé de Manaus", nomenclatura de origem popular. Com o progresso e as invasões, ali foi construída, no passado. uma pequena favela com casas de madeira, depois todas reformadas em alvenaria e algumas de boa qualidade.

MUDANÇA

Até o dia 11 de outubro de 1912, permanecia o nome de "Igarapé de Manaus", pois no dia seguinte a Intendência Municipal aprovou um projeto de lei do Intendente Sérgio Rodrigues Pessoa, dando a denominação de “Rua Guerreiro Antony”.

O objetivo era o de homenagear o coronel Antônio Guerreiro Antony, amazonense, filho do comerciante Henrique Antony que nesta cidade viveu uma fase política muito conturbada por ocasião da candidatura do Dr. Jonathas Pedrosa ao Governo do Estado. Homem de compleição robusta, trabalhador, estudioso, embora sem formação acadêmica, Guerreiro Antony sofreu duramente quando sua residência foi bombardeada no primeiro dia do ano de 1916, por um grupo de oficiais da Polícia. (dados do ”Dicionário Amazonense de Biografias”, de Agnello Bittencourt).

O "Igarapé de Manaus" ficou como “Rua Guerreiro Antony” até a década de 70, mas sem o conhecimento da população, provavelmente nem do então Vereador Praxiteles Antony que tinha algum parentesco com Guerreiro Antony. E tanto é que numa das reuniões da Câmara, em 1970, ele apresentou um projeto de lei dando a denominação de Rua Walter Rayol citando: "ao conhecido Igarapé de Manaus", certamente por desconhecimento do nome oficial.

Era homenagem que prestava a um homem que teve quase toda a sua vida dedicada ao município de Manaus, como funcionário, como Vereador em várias legislaturas e Prefeito nomeado em sete oportunidades, além de cronista esportivo dos mais conceituados, usando o pseudônimo de Zé do Parque.

A mudança ficou apenas no papel. Nos mapas da Prefeitura, no seu cadastro de ruas permaneceram como "Igarapé de Manaus". Enquanto isso, o nome de Guerreiro Antony, por um Decreto de 1966, do então Prefeito Paulo Pinto Nery, já estava em uma das ruas do bairro de São Francisco, a ex-Rua Márcio de Menezes.

Como se observa em toda essa confusão, quando o Prefeito Paulo Nery trocou o nome da Rua Márcio de Menezes para Guerreiro Antony, também desconhecia a nomenclatura oficial do Igarapé de Manaus.

Com o advento da Lei nº 343/96, elaborada sem muito cuidado, voltou a denominação antiga de Igarapé de Manaus e Guerreiro Antony desde 2002 é no bairro Mauazinho.

Fonte: BAÚ VELHO

Rua Delcídio do Amaral


Adolfo Delcídio do Amaral, um mineiro que viveu em Manaus por muito tempo, teve seu nome perpetuado numa das ruas do bairro de Educandos, uma denominação que ainda permanece intocável, muito embora seus moradores desconheçam o a razão do nome.

Encontramos alguns dados nas pesquisas que realizamos em livros de Atas da Câmara Municipal de Manaus, devidamente autorizado pelo presidente desse Poder, Vereador Rui Adriano Jorge, em 1975.

O INÍCIO

Na reunião da Intendência Municipal, do dia 18 de maio de 1908, (livro de Ata nº 01, página 92) o Intendente Juvêncio de Oliveira França, após longa e honrosa deferência, manifestou-se sobre a vida pública do falecido Coronel Delcídio do Amaral e propôs que fosse lançado em Ata voto de pesar pelo seu passamento recente, aprovada por unanimidade.

Três dias depois, o Intendente José Maria Corrêa Filho, em reunião da Intendência, apresentou Projeto de Lei em que pedia que "os prolongamentos através do igarapé de Cachoeirinha, no bairro de Constantinópolis, das ruas Quintino Bocaiúva e dos Remédios, passassem a denominara-se, respectivamente, Delcídio do Amaral e Manoel Urbano, pois assim o município de Manaus estaria prestando as homenagens a esses dois homens que souberam impor-se a nossa estima e veneração, pelo muito que fizeram por esta terra".

Delcídio do Amaral, engenheiro, foi Coronel da Guarda Nacional e Superintendente Municipal. Nasceu em Minas Gerais e morreu em Manaus, no mês de maio de 1908.

Foi ainda vice-provedor da Santa Casa de Misericórdia e possuía alguns seringais no Rio Madeira.

A nomenclatura foi dada pela Lei 507, de 29 de maio de 1908, mantida pela Lei 346/96.

Fonte: BAÚ VELHO

Rua Gabriel Salgado



A Rua Gabriel Salgado é quase desconhecida da população de Manaus, mesmo da parte dos mais antigos de seus moradores, embora localizada numa área bem central.

Trata-se de uma artéria que não chega a ter 400 metros de extensão. Passa em frente ao antigo prédio da Prefeitura Municipal, na Praça Pedro II (foto abaixo), iniciando-se ao lado do antigo Trapiche – hoje Manaus Harbour – e termina no igarapé de São Vicente.

Essa nomenclatura foi dada através de um projeto de lei da autoria do Intendente João Severiano de Souza, um dos mais atuantes, em sua época, nas questões de mudanças de denominações de ruas, avenidas e praças.

No dia 13 de maio de 1930, conforme consta de matéria publicada num dos jornais da cidade, cujo nome não consegui descobrir, pois foi corroído pelas traças, está a justificativa do Intendente João Severiano de Souza:

JUSTIFICATIVA

“O município de Manaus sempre no louvável desígnio, tem sabido premiar os bons serviços de ilustres brasileiros, que pela sua cultura, pelo seu patriotismo, são alvos da nossa admiração, especialmente quando eles têm ou tiveram o seu berço no Amazonas”.

Entre os que mais enaltecem e fazem jus a estas homenagens, destaca-se o saudoso amazonense, Senador Gabriel Salgado dos Santos, um patriota nascido neste Estado a 16 de novembro de 1855 e falecido em junho de 1915, aos 60 anos.

O Senador Gabriel Salgado já representou o Amazonas por quatro vezes no Congresso Nacional, sendo sua passagem pelo parlamento, uma luminosa senda de reais serviços prestados à Pátria, acrescendo que seu nome honrado foi por duas vezes indicado para governar este Estado. Foi um militar que honrou e ilustrou sua nobre profissão, tendo desempenhado as mais importantes missões. Em 1909, foi convidado para representar o Brasil no Congresso Científico Americano, reunido em Buenos Aires, sendo o primeiro amazonense a merecer tal honraria.

Concluindo, o Intendente João Severiano de Souza disse:

"É justo que lhe seja tributada uma homenagem pela qual fica patente a gratidão dos seus coestaduanos e da nossa terra. Assim, tomo a liberdade de apresentar à consideração da Casa o seguinte projeto”:

Fica denominada de "Gabriel Salgado" a Rua que partindo do antigo Trapiche Ventilari, passa em frente ao Paço Municipal e termina no igarapé de São Vicente, nesta cidade.

A proposição foi aprovada por unanimidade, tomando o número de Lei 1.554, de 13 de maio de 1930, portanto, no mesmo dia de sua apresentação e foi assinado pelo presidente da Intendência, Sérgio Rodrigues Pessoa.

No do dia seguinte, o capitão Amilcar Salgado dos Santos compareceu à reunião da Câmara para agradecer as homenagens prestadas à memória de seu pai, coronel Gabriel Salgado dos Santos.

(Dados abaixo, extraídos do livro "Dicionário Amazonense de Biografias" de Agnello Bittencourt).

“Gabriel Salgado estudou em Manaus sob as ordens de seu tio, Francisco Antônio Monteiro Tapajós, pois era órfão de pai, no estabelecimento "Educandos" de onde saiu ainda jovem, como mestre-marceneiro. Como voluntário, foi servir no Rio de Janeiro. Cursou a Escola Militar da Praia Vermelha, saindo com o curso de artilharia militar e o de bacharel em Ciências Físicas. Serviu ainda em Belém, foi deputado estadual pelo Amazonas e chegou ao posto de coronel do Exército. Em 1910, com a renúncia de Jorge de Moraes, que estava concorrendo à Prefeitura Municipal, foi eleito para o Senado Federal e chegou a enfrentar Rui Barbosa em vários debates".

Nomenclatura mantida pela Lei 343/96, de 12-06-1996.

Fonte: BAÚ VELHO

Avenida Senador Álvaro Maia





Álvaro Maia, nascido a 19 de fevereiro de 1893, no município de Humaitá, Rio Madeira, veio criança para Manaus. Estudou direito, em Fortaleza e colou grau na Faculdade do Rio de Janeiro. Seu primeiro empre


go no Amazonas foi de redator da Assembléia Legislativa, depois Procurador da República. Era jornalista, poeta e político atuante. Foi Deputado Federal (1933–1935), Governador (1935–1937, Interventor com o golpe político do Estado Novo (1937-1945), Senador (1946–1951), novamente Governador (1951–1954 e tambem Senador da República (1967–1969). Faleceu na madrugada do dia 4 de maio de 1969, na Santa Casa de Misericórdia, acometido de infarto.


Quando foi criado o bairro da Vila Municipal, em maio de 1901, a Lei pertinente deu a denominação de suas Ruas e já falava em Boulevard Amazonas, donde se conclui que surgiu antes de sua criação. A pedra fundamental do Reservatório do Mocó foi lançada em 1893, conforme publicou o jornal “Amazonas”, edição de janeiro de 1894. O mesmo jornal noticiou proposta para abertura do bairro do Mocó, em 1893. Tudo faz crer que Boulevard Amazonas já existia entre 1893 a 1901.

Boulevard Amazonas já foi Aristides Rocha e também ex-Cemitério, mas pela Lei nº 1477, de 16-04-1928, oficializada como Boulevard Amazonas, até que em 1972, por iniciativa do então Vereador Praxiteles Antony, passou a chamar-se Avenida Senador Álvaro Maia em homenagem ao ex-governador do Estado do Amazonas.

Praxiteles, homem de poucas palavras e que na mocidade foi goleiro do Nacional, estava com assento à Câmara Municipal de Manaus como representante da Aliança Renovador Nacional (Arena). Com a devida justificativa, apresentou Projeto de Lei propondo a mudança de Boulevard Amazonas para Avenida Senador Álvaro Maia.


A princípio, alguns de seus pares não concordavam com a alteração, alegando que Boulevard Amazonas era tradicional e que o povo também não concordaria. Sugeriram, ante a sua intransigência, que pelo menos ficasse como Boulevard Álvaro Maia. Não houve acordo algum. O autor da proposta manteve a sua decisão.

A Lei foi aprovada e sancionada pelo Prefeito da época, Paulo Pinto Nery, tomando o número 1028, de 07-04-1972.

Fonte: BAÚ VELHO

A primeira Legislatura | 1a. SEDE DA CÂMARA MUNICIPAL DE MANAUS

A primeira Legislatura | 1a. SEDE DA CÂMARA MUNICIPAL DE MANAUS



As eleições para a Câmara Municipal de Manaus após a redemocratização do país, foram realizadas, com sete (7) vagas, como determinava artigo 7º. Constituição Estadual de 26 de outubro de 1945. A posse dos eleitos correu em 17 de dezembro de 1947, com mandato até 16 de janeiro de 1952.

A Câmara Municipal funcionava numa sala (lado direito) da sede da Prefeitura Municipal, na Praça D. Pedro II, e lá permaneceu até 1975, quando se transferiu para o prédio próprio, na Avenida Sete de Setembro, emprestado ao governo do Estado por 50 anos e que foi muito além (foto).

OS SETE VEREADORES ELEITOS                         Partido/Votos

Adriano Augusto de Araújo Jorge (Médico)              PSD 581
Raimundo Coqueiro Mendes (Funcionário)              PSD 476
Sérgio Pessoa Neto (Advogado)                               PSD 457
Oséas Martins (ex-Sargento do Exército e Poeta)  PSD 412
João de Paula Gonçalves (Médico)                           UDN 1192
Walter Rayol (Comerciário e Cronista)                      PTB 1561
Rodolpho Valle (Acadêmico de Direito)                    PTB 438

SUPLENTES QUE ASSUMIRAM

Geraldo Costa (Acadêmico de Direito)                     PSD 348
Otávio Câmara (Comerciante)                                    PTB 232
Sosthenes Magalhães (Comerciante)                        PSD 173
Antônio Diniz de Carvalho (Comerciante)                 PTB 139
Fueth Paulo Mourão (Professor)                                UDN 244
Oscar da Costa Rayol (Portuário)                              UDN 346

Fonte: BAÚ VELHO

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Rua Tabelião Lessa


A Rua Tabelião Lessa, de apenas uma quadra, fica localizada ao lado do edifício do Mercado “Adolpho Lisboa” entre as Ruas dos Barés e Barão de São Domingos.

A denominação foi dada por iniciativa do Intendente Fulgêncio Martins Vidal, na reunião do dia 19 de março de 1918, conforme consta do livro de Atas da Câmara Municipal, de nº 04, página 248.

O autor da propositura, na ocasião, lembrou das qualidades superiores de caráter do coronel Manoel Antônio Lessa, bem como dos serviços por ele prestado à Nação, ao engrandecimento do Estado e como incansável defensor dos direitos dos pequenos e pobres lavradores amazonenses.

O autor apresentou ainda alguns considerandos ao seu projeto:

Considerando que se tem dado denominação há algumas ruas desta cidade com nomes de respeitáveis individualidades que muito labutaram pelo ressurgimento deste município;

Considerando que o pranteado Tabelião Lessa, desde 1863 vinha trabalhando ao lado dos que lutaram pelo engrandecimento desta Manaus, como certo as notícias editadas pelos jornais desta cidade por ocasião do seu passamento;

Fica denominada de Rua Tabelião Lessa a antiga travessa sem nome ao lado do edifício do Mercado Publico, começando da Rua dos Barés e terminando à margem esquerda do Rio Negro.

O Projeto foi aprovado pelo Presidente da Intendência, Dr. Jerônimo Ribeiro, transformando-se na Lei número 923, de 20 de março de 1918. Denominação mantida.

Fonte: BAÚ VELHO

Orlando Rebelo


Orlando Rebelo, nasceu em Manaus a 23 de abril de 1940 e por muito tempo morou na Rua Joaquim Sarmento, bem próximo ao antigo estúdio da Rádio Difusora do Amazonas.

Na década de 60, quando o time de futebol do Rio Negro, por iniciativa do saudoso Josué Pai, depois de bom tempo de inatividade, Orlando passou a jogar no clube e voltava aos campos do Parque Amazonense e da Colina.

Um jogador de relativa habilidade com a perna esquerda atuando como ponteiro, mas nos momentos agudos do seu time, sempre auxiliava o meio de campo Apesar a baixa estatura, enfrentava durões zagueiros, mesmo aqueles que davam sem piedade nas suas frágeis canelas. Foi campeão logo no início da volta do Rio Negro aos gramados, após um afastamento que durou 14 anos. Estava em boa forma quando uma contusão o tirou muito cedo das quatro linhas, embora com muita vontade de prosseguir. Mas não abandonou o futebol, tornou-se um dos melhores comentaristas esportivos do Amazonas.

O COMEÇO

Na década de 50, Orlando freqüentava o Oratório Festivo do Colégio Dom Bosco e formou a equipe do Corinthians, (cujo distintivo foi bordado por sua mãe, D. Elvira), vencedor de quase todos os campeonatos Um time que tinha como centro avante nada menos do que João Tavares que se projetou no América e no Paysandu.

Em 1958, Orlando serviu ao Exército Brasileiro e, no ano seguinte, teve rápida passagem pela equipe juvenil do Auto Esporte, para depois jogar futebol de salão pelo Rio Negro, sob o comando do saudoso Carlos Coelho.

Em 1960, o ex-atleta rionegrino e ex-árbitro Wolkmer Tabosa dos Reis, por recomendação de Josué Cláudio de Souza, convidou-o para vestir a camisa barriga-preta. Dando seus primeiros no time barriga-preta, participou do amistoso contra o Olaria, do Rio, dia 30 de abril de 1960.

TITULAR NO 1º. RIO-NAL

Orlando titular do tão esperado Rio-Nal: 11 de julho de 1960. A entidade local, a Fada, designou o árbitro Odail Braga Martins para dirigir o encontro. O Parque Amazonense com grande público, mas os rionegrinos não tinham muita confiança no seu time, uma vez que os melhores jogadores ainda estavam cumprindo estágio.

Vitória fácil dos nacionalinos, por 3 a 0, gols de Jayme Basilio e Adamor, de penal, no primeiro tempo e novamente Adamor, no período final.

RIO NEGRO:- Marcus, Marcondes e Farofa; Pombo, Domingos e Ferradura; Soldado, Santos, Anzér, Aírton e Orlando Rebelo.

NACIONAL:- Tongato, Boanerges e Sampaio; Jayme Basilio, Agostinho e Nonato; Caíca, Adamor, Lacinha, Ribas e Assis Catunda.

Em 1961, depois de cumprirem o estágio de transferência, (futebol ainda amador) o Rio Negro foi reforçado para disputar o Torneio João Havelange com Marcos, Bolôlô e Mário; Fernando, Catita e Eudóxio; Aírton, Paulo, Thomaz, Dermilson e Horácio. Quando um dos atacantes não jogava, Horácio era deslocado para a direita e Orlando entrava pela esquerda.

Em 1963, participou de 14 jogos do campeonato oficial como titular e sua última apresentação ocorreu no dia 10 de novembro desse ano, contra o Labor, com vitória de 3 a 1. Uma grave contusão o afastou dos gramados.

NO RÁDIO

Ao deixar o futebol iniciou pequenas atividades na Rádio Difusora, como operador de áudio para depois produzir o programa “O Domingo é Nosso”, apresentado pelo saudoso João Bosco, Terezinha Tribuzy e Edson Melo.

Em 1966 foi convidado pelo narrador Luis Eduardo (aquele do “Tem Neném Chorando na Rede do …”) para organizar os arquivos esportivos equipe da Rádio Rio Mar, quando também passou a escrever alguns comentários, até que um dia foi escalado para comentar o amistoso entre Nacional e Clube Municipal e agradou.

Começou a se revezar com Belmiro Vianez, o titular da equipe e sempre faz questão de ressaltar que foi o maior incentivador de sua nova profissão.

Três anos depois, Luis Eduardo deixou a Rádio Rio Mar e com ele também Belmiro Vianez. Orlando foi convidado para assumir o departamento de futebol quando foi contratado o carioca Jayme Barreto, de quem também recebeu irrestrito apoio. Ficou chefiando o esporte da Rio Mar até 1986, transferindo-se para a Rádio Ajuricaba, do Grupo Simões, diante de excelente proposta, coordenando a equipe na época chefiada por Arnaldo Santos e lá ficou até 1993, após a emissora  ser vendida.

ORLANDO EM 2006

Em 1994, convidado por Waldir Corrêa, passou a fazer parte da equipe da Rádio Difusora, onde permaneceu até 2009.

Uma cruel doença levou do nosso meio, um dos mais laureados comentaristas esportivos do futebol amazonense.

Orlando Rebelo, faleceu no dia 11 de abril de 2010, comentarista da Rádio Difusora há mais de duas décadas e do programa das terças-feiras TV Cultura, “No Mundo da Bola”, comandado por Waldir Corrêa. 

O corpo foi sendo velado na Funerária Almir Neves, da Avenida Joaquim Nabuco e o sepultamento foi às 16 horas do mesmo dia.

Fonte: BAÚ VELHO

Educandos


O bairro de Educandos fica entre o igarapé de Manaus (da Cachoeirinha) e o do bairro do mesmo nome. Passou a chamar-se Constantinópolis pelo Decreto nº 67, de 22 de julho de l907. Foi autor do projeto da nova denominação, o Superintendente interino, Coronel José Monteiro Tapajós, que assim estava homenageando Constantino Nery, governador do Estado no período de 23 de julho de 1900 até julho de 1907.

De acordo com o professor Mário Ipyranga Monteiro, “o nome de Educandos deu-se em razão de ali se encontrar a primitiva casa de Educandos, depois Instituto de Educandos Artífices, fechado em 1877 e que fora criado na gestão do Presidente João Pedro Dias Vieira.

O projeto de um Instituto de Artífices foi apresentado pelo deputado provincial Francisco Antônio Monteiro Tapajós. Além do ensino de letras, os alunos aprendiam os ofícios de encanador, empalhador, torneiro, ferreiro, sapateiro, alfaiate e marceneiro.

Os alunos vestiam fardamento de pano azul com aplicações em vermelho, gorro azul sem pala. Era o uniforme de gala para uso aos domingos e feriados quando eles desciam para o centro da cidade”.

Nas pesquisas que realizamos, constatamos que o bairro de Educandos foi retalhado para a formação de outros, como Santa Luzia, ex-Imboca e Morro da Liberdade, que chegou a ser, por Lei, Bairro da Liberdade (1994).

A abertura das ruas do bairro foi determinada pelo Superintendente municipal Artur César Moreira de Araújo e algumas de suas denominações foram dadas em 1908, como Boulevard Sá Peixoto, Amâncio de Miranda, Inocêncio de Araújo, Delcídio do Amaral, Manoel Urbano, Boulevard Rio Negro, Dr. Tavares Bastos.

Outras vieram mais tarde, como Inácio Guimarães, Leopoldo Peres, Bento José de Lima, ex-Vista Alegre, Coronel Gonzaga, Labor, Otilio Farias, ex-Primo Sabbá, São Vicente, Amazonas, Nova, Macurani, Rua da Igreja, Ana Nogueira, Antimari, Beira Mar, Leopoldo Neves, Av. Presidente Kennedy, Treze de Maio e uma infinidade de Becos.

A primeira ponte ligando a cidade ao bairro de Educandos foi construída na gestão do Dr. Ephigênio Sales, Prefeito de Manaus, (1926-1929), batizada com o seu nome.

Na década de 50 foi construída a Ponte Juscelino Kubstchek, com verbas federais, na primeira administração do governador Gilberto Mestrinho. A nova ponte passou a ligar a avenida Leopoldo Peres com a atual avenida Castelo Branco, ex-Waupés.

Na década de 70, quando era prefeito municipal Frank Abrahim Lima, foi construída outra ponte, ligando o bairro com a rua Quintino Bocaiúva, a qual recebeu a denominação de “Ponte Antônio Plácido” em homenagem ao vigário da Igreja do próprio bairro, conforme Lei nº 1123, de 10-10-1975.

A VOLTA

Constantinopólis voltou a ser bairro de Educandos, por iniciativa do então Vereador Alfredo Dias, também conhecido como “O Homem do Paletó Preto”, através da lei nº. 1469, de 7 de dezembro de 1979.

Fonte: BAÚ VELHO


SUL AMÉRICA


O SUL AMÉRICA Esporte Clube começou como Serra Azul, um time de garotos, sem sede e muito menos diretoria. Dele faziam parte, dentre outros, Basilio, Joca, Dogival e Junot Frederico. Oficialmente transformou-se em Sul América que foi fundado 1º de maio de 1932, pelo mesmo grupo, reforçado por outros jovens, todos residentes no bairro de São Raimundo.

Na frente da casa do comerciante José Vieira, do lado oposto ao Grupo Escolar Olavo Bilac, na Rua 5 de Setembro, onde havia uma frondosa mangueira, os rapazes, com idades de 14 a 20 anos, reuniram-se e decidiram logo pela denominação do clube. Raimundo Verçosa, que era goleiro do São Raimundo na época com 19 anos, sugeriu o nome de Sul América ao lembrar de um clube argentino ou uruguaio com o mesmo nome. O uniforme também foi decidido na mesma reunião por Valder Vieira: azul e branco.

CAMPEÃO DA TAÇA

Os feitos do Trem da Colina: Campeão da Taça Amazonas de 1977, competição de um só turno, disputado por cinco agremiações. Sul América venceu todos os adversários: Fast, 1 a 0; América, 4 a 0; São Raimundo, 2 a 1 e Nacional, 2 a 0, marcando nove gols contra apenas um sofrido.

BICAMPEONATO

1992 - O Sul América, sob a direção do desportista Mário Cortez no departamento de futebol, contando com outros colaboradores como Valdeir Gondin, Luís Castelo, Raimundo Góes, Lindolfo Cardoso, José Taveira, Jandeir Cardoso e Hélio Duarte, do massagista Mundinho e do roupeiro Gaguinho, voltou a disputar a competição oficial.

1993 BICAMPEÃO – Começou conquistando o Torneio Inicio. Nesta temporada, o Sul América contou ainda com mesmo grupo de colaboradores. Mas o braço forte do Trem da Colina, sem dúvida foi o empresário Mário Cortez, que lutou, gritou e batalhou para que o Sul América chegasse ao título e, também, à Copa do Brasil, uma vez que forças ocultas queriam tirar o direito de seu clube, legítimo campeão amazonense.

Há algum tempo o Sul América obedece a incansável colaboração do empresário Luiz Costa, que ao lado de seu filho, o advogado Alex, também jogador do time profissional, vai levando o “Trem da Colina”, enfrentando uma série de obstáculos, para não deixar de disputar a competição oficial.

Fonte: BAÚ VELHO



HELIODORO BALBI

Única foto de Heliodoro Balbi que se circula publicamente, é este fragmento.

HELIODORO BALBI

Heliodoro Balbi era amazonense, nascido a 12 de fevereiro de 1876; formado em Direito pela Faculdade de Pernambuco. Em Manaus, foi professor o de Literatura do velho Ginásio Amazonense, admitido através de concurso, obtendo o primeiro lugar. Dividia suas atividades entre o magistério e o jornalismo. Heliodoro Balbi faleceu no Acre, a 26 de novembro de 1918, mas seus restos mortais foram trasladados para o Cemitério de São João Batista, em Manaus.

Observação: na Lei de 1996, consta Rua “Heliodoro Balbi”, ex-Boa Sorte I, no bairro Tancredo Neves.

(Dados biográficos do livro de Agnello Bittencourt “Dicionário Amazonense de Biografias”).

Praça Santos Dumont


Pelo Decreto nº 03 de 30 de setembro de 1932, assinado pelo 1º Tenente Emmanuel de Almeida Moraes, Prefeito do Município de Manaus, por nomeação do Interventor Federal do Estado do Amazonas, foi dada a denominação de Praça Santos Dumont.

No Decreto consta esta justificativa:

Considerando que personalidade há que por suas concepções progressistas a prol da humanidade, ingressam as imortalidades pelas suas realizações;

Considerando que o genial Alberto Santos Dumont, cuja figura se irradiou do Brasil às demais nações, pelas suas descobertas cientificas está perfeitamente dentro dessas considerações;

Considerando que o Município de Manaus presta merecido culto de veneração a memória do grande morto, dando o seu nome a um dos logradouros públicos desta cidade,

DECRETA

Artigo Único – Passa a denominar-se de SANTOS DUMONT, a praça ora construída na ladeira de São João, nesta cidade, revogadas as disposições em contrário.

Prefeitura Municipal de Manaus, 30 de setembro de 1932.

Emmanuel de Almeida Morais (Prefeito)

Waldemar de Carvalho (Secretário)

Denominação mantida.

Observação: Praça Santos Dumont situa-se onde estão os consultórios dos médicos oftalmologistas Paulo e Arnaldo Russo e onde também está à sede do Sindicado dos Jornalistas Profissionais do Amazonas.

Fonte: BAÚ VELHO

Rua Mundurucus


Até hoje, embora passados alguns anos, a Rua Mundurucus continua sendo conhecida por essa denominação e dificilmente o povo se adaptará ao nome oficial. Essa artéria, no centro da cidade entre as Rua Quintino Bocaiúva e dos Andradas, cuja extensão talvez não chegue a duzentos metros, teve seu nome mudado em duas oportunidades.

Em 1920, o Intendente Júlio César Lima apresentou projeto justificando:-

“É dever cívico, que muito diz do grau de cultura e adiantamento de um povo, prestar homenagem à memória daqueles vultos que se destinguiram na sociedade onde viveram. Assim tem entendido o Conselho Municipal a respeito de quase todas as individualidades de destaque no nosso meio e que, no entanto, uma lamentável exceção se vê no esquecimento relativo à memória do tenente Manoel da Silva Ramos – fundador da imprensa no Amazonas – o qual, além da glória, por si só bastante para imortalizá-lo entre nós, foi ainda secretário e Vereador à Câmara Municipal da antiga Cidade da Barra do Rio Negro, hoje nossa elegante capital“.

Concluindo, o orador mandou à Mesa o Projeto de Lei mudando o nome de Rua dos Mundurucus para Rua Silva Ramos, autorizando o Superintendente Municipal a fazer as despesas necessárias para colocar as placas designativas na aludida Rua A proposição de Júlio César Lima recebeu o apoio de seus pares, Antônio Clemente Ribeiro Bittencourt, Plácido Serrano, Aprígio de Menezes e Luiz Caetano de Oliveira Cabral.

MUDANÇA

No dia 30 de outubro de 1920, o Projeto foi promulgado transformando-se na Lei nº 1.057 e, a partir daí a Rua Mundurucús passou a denominar-se de Rua Silva Ramos,

Três anos depois, pela Lei nº. 1.220, de 27 de outubro de 1923, assinada pelo presidente da Intendência, Dr. Vivaldo Palma Lima e pelo secretário Vicente Monteiro Maia, foi restabelecida a denominação de Rua Mundurucús enquanto o nome de Silva Ramos passava para atual artéria que tinha o nome de Rua Cearense.

OUTRA MUDANÇA

mas, em 1963, pelo Decreto nº. 53, de 11 de abril, a Rua Mundurucús volta a ter outra denominação: “Travessa João Avelino”, nomenclatura que permaneceu oficialmente, embora no cadastro da Prefeitura constasse o nome de “Rua Mundurucús”.

A justificativa desse ato, assinado pelo então Prefeito Josué Cláudio de Souza dizia que “compete aos Poderes públicos exaltar as atividades dos homens que se distinguiram em todos os setores sociais, não somente os letrados e os possuidores de fortuna, por seus serviços prestados à coletividade através de ensinamentos e doações merecem a consagração popular, mas também àqueles que por seu procedimento hão demonstrado as facetas de espíritos superiores onde sobressaem, por mais dignas, a sinceridade e a lealdade“.

A Lei nº 343/96, do Executivo, aprovada pela Câmara Municipal, restabeleceu o nome de Mundurucus, contando como nomenclatura antiga, embora João Avelino fosse o oficial.

Fonte: BAÚ VELHO

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Rua Miranda Leão



A rua Miranda Leão – que se inicia na Rua Marquês de Santa Cruz e termina no igarapé de Educandos – recebeu essa nomenclatura em 1920. Miranda Leão nasceu no município amazonense de Maués, a 09/01/1869.

Foi o Intendente Dr. Fulgêncio Martins Vidal que, na reunião da Intendência (hoje Câmara Municipal) do dia 16 de junho de 1920, ocupou a tribuna para apresentar um projeto de lei com esta justificativa:

“Para mim seria doloroso se não o fizesse, pois jamais poderia deixar que a esponja do tempo apagasse o nome de um ilustre amazonense tão cedo roubado do convívio daqueles que de perto o conheciam e apreciavam a sua vasta e profunda erudição e o seu caráter sem jaça. Quero, pois, me referir ao meu saudoso amigo e colega Dr. João Coelho de Miranda Leão, para que requero seja lançada na Ata dos nossos trabalhos de hoje, voto de profundo pesar”.

Prosseguindo da tribuna, o orador disse:

“O distinto morto exerceu durante alguns anos os cargos de Intendente e Superintendente deste Município em os quais sempre revelou competência em administração operosa e honesta, também como Diretor do Serviço Sanitário deste Estado. Foi ele o primeiro médico desta cidade que iniciou por conta do governo do Coronel Antônio Clemente Ribeiro Bittencourt, os trabalhos da profilaxia contra a Febre Amarela, cuja glória da extinção desta não lhe coube, porque justamente quando os casos de óbitos vinham sendo resumidos, aportou aqui uma Comissão nomeada pelo Governo Federal para tal fim, mas em parte muito lhe deve”.

Durante a epidemia gripal, como Chefe do Serviço Sanitário, foi incansável e dedicado em combater o mal, salientando-se entre os que muito trabalharam nessa quadra temerosa e aflita que, então atravessamos, conforme se poderá ver nos jornais, chegando até, juntamente com outros, a dirigir os enterramentos nos dias mais angustiosos que passamos em meados de novembro de 1918. Miranda Leão deixou a clínica que lhe dava meios de subsistência para empregar suas atividades no elevado cargo que exercia e para atender somente aos desprotegidos da sorte que necessitavam de seus serviços profissionais. A um amazonense tão distinto, tão honesto e tão humanitário, este Conselho deve render-lhe o devido preito, gravando-lhe o nome em uma das ruas desta cidade e prestando-lhe as últimas homenagens perpetuando-lhe a sepultura e levantando-lhe um mausoléu condigno com a sua posição”.

Depois dessas considerações, o Intendente Fulgêncio Martins Vidal apresentou um projeto de lei com esta redação:

“Em homenagem ao distinto médico amazonense Dr. João Coelho de Miranda Leão, pelos relevantes serviços prestados ao povo desta cidade, toma o nome de Rua “Doutor Miranda Leão” a Rua”Marechal Hermes”, antiga Rua dos Remédios, e fica perpetuada a sepultura nº. 19.023, do Cemitério de São João Batista, onde jazem os restos mortais do pranteado patrício, Dr. Miranda Leão“.

Ao concluir a sua oração, o Intendente deu ainda as seguintes explicações ao Plenário:

“Apresentando este projeto, devo uma explicação aos meus pares, bem assim ao povo deste Município. Proponho a mudança do nome da antiga Rua dos Remédios depois Marechal Hermes, para o nome do pranteado Dr. Miranda Leão, porque o nome do nosso estimado patrício e ínclito Marechal do nosso glorioso Exército já se acham assinalado em belo Grupo Escolar, sendo esta a razão porque pensei em substituir o nome da referida rua, sem querer de modo nenhum trazer a menor desconsideração ao nosso ilustrado Marechal”.

O projeto foi aprovado na reunião do dia 17 de julho de 1920 passando a ser Lei nº 1040.

Miranda Leão havia cometido suicídio no dia 26/06/1920, com um tiro de revolver na cabeça, um fato inesperado pelos seus mais chegados amigos, pois era um homem equilibrado. Corriam notícias de que ele havia descoberto estar com lepra, talvez por ter exercido a profissão de médico no Leprosário do Umirisal.

(Dados colhidos em livros de Atas da Câmara Municipal)

Fonte: BAÚ VELHO

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