Orlando Rebelo, nasceu em Manaus a 23 de abril de 1940 e por muito tempo morou na Rua Joaquim Sarmento, bem próximo ao antigo estúdio da Rádio Difusora do Amazonas.
Na década de 60, quando o time de futebol do Rio Negro, por iniciativa do saudoso Josué Pai, depois de bom tempo de inatividade, Orlando passou a jogar no clube e voltava aos campos do Parque Amazonense e da Colina.
Um jogador de relativa habilidade com a perna esquerda atuando como ponteiro, mas nos momentos agudos do seu time, sempre auxiliava o meio de campo Apesar a baixa estatura, enfrentava durões zagueiros, mesmo aqueles que davam sem piedade nas suas frágeis canelas. Foi campeão logo no início da volta do Rio Negro aos gramados, após um afastamento que durou 14 anos. Estava em boa forma quando uma contusão o tirou muito cedo das quatro linhas, embora com muita vontade de prosseguir. Mas não abandonou o futebol, tornou-se um dos melhores comentaristas esportivos do Amazonas.
O COMEÇO
Na década de 50, Orlando freqüentava o Oratório Festivo do Colégio Dom Bosco e formou a equipe do Corinthians, (cujo distintivo foi bordado por sua mãe, D. Elvira), vencedor de quase todos os campeonatos Um time que tinha como centro avante nada menos do que João Tavares que se projetou no América e no Paysandu.
Em 1958, Orlando serviu ao Exército Brasileiro e, no ano seguinte, teve rápida passagem pela equipe juvenil do Auto Esporte, para depois jogar futebol de salão pelo Rio Negro, sob o comando do saudoso Carlos Coelho.
Em 1960, o ex-atleta rionegrino e ex-árbitro Wolkmer Tabosa dos Reis, por recomendação de Josué Cláudio de Souza, convidou-o para vestir a camisa barriga-preta. Dando seus primeiros no time barriga-preta, participou do amistoso contra o Olaria, do Rio, dia 30 de abril de 1960.
TITULAR NO 1º. RIO-NAL
Orlando titular do tão esperado Rio-Nal: 11 de julho de 1960. A entidade local, a Fada, designou o árbitro Odail Braga Martins para dirigir o encontro. O Parque Amazonense com grande público, mas os rionegrinos não tinham muita confiança no seu time, uma vez que os melhores jogadores ainda estavam cumprindo estágio.
Vitória fácil dos nacionalinos, por 3 a 0, gols de Jayme Basilio e Adamor, de penal, no primeiro tempo e novamente Adamor, no período final.
RIO NEGRO:- Marcus, Marcondes e Farofa; Pombo, Domingos e Ferradura; Soldado, Santos, Anzér, Aírton e Orlando Rebelo.
NACIONAL:- Tongato, Boanerges e Sampaio; Jayme Basilio, Agostinho e Nonato; Caíca, Adamor, Lacinha, Ribas e Assis Catunda.
Em 1961, depois de cumprirem o estágio de transferência, (futebol ainda amador) o Rio Negro foi reforçado para disputar o Torneio João Havelange com Marcos, Bolôlô e Mário; Fernando, Catita e Eudóxio; Aírton, Paulo, Thomaz, Dermilson e Horácio. Quando um dos atacantes não jogava, Horácio era deslocado para a direita e Orlando entrava pela esquerda.
Em 1963, participou de 14 jogos do campeonato oficial como titular e sua última apresentação ocorreu no dia 10 de novembro desse ano, contra o Labor, com vitória de 3 a 1. Uma grave contusão o afastou dos gramados.
NO RÁDIO
Ao deixar o futebol iniciou pequenas atividades na Rádio Difusora, como operador de áudio para depois produzir o programa “O Domingo é Nosso”, apresentado pelo saudoso João Bosco, Terezinha Tribuzy e Edson Melo.
Em 1966 foi convidado pelo narrador Luis Eduardo (aquele do “Tem Neném Chorando na Rede do …”) para organizar os arquivos esportivos equipe da Rádio Rio Mar, quando também passou a escrever alguns comentários, até que um dia foi escalado para comentar o amistoso entre Nacional e Clube Municipal e agradou.
Começou a se revezar com Belmiro Vianez, o titular da equipe e sempre faz questão de ressaltar que foi o maior incentivador de sua nova profissão.
Três anos depois, Luis Eduardo deixou a Rádio Rio Mar e com ele também Belmiro Vianez. Orlando foi convidado para assumir o departamento de futebol quando foi contratado o carioca Jayme Barreto, de quem também recebeu irrestrito apoio. Ficou chefiando o esporte da Rio Mar até 1986, transferindo-se para a Rádio Ajuricaba, do Grupo Simões, diante de excelente proposta, coordenando a equipe na época chefiada por Arnaldo Santos e lá ficou até 1993, após a emissora ser vendida.
ORLANDO EM 2006
Em 1994, convidado por Waldir Corrêa, passou a fazer parte da equipe da Rádio Difusora, onde permaneceu até 2009.
Uma cruel doença levou do nosso meio, um dos mais laureados comentaristas esportivos do futebol amazonense.
Orlando Rebelo, faleceu no dia 11 de abril de 2010, comentarista da Rádio Difusora há mais de duas décadas e do programa das terças-feiras TV Cultura, “No Mundo da Bola”, comandado por Waldir Corrêa.
O corpo foi sendo velado na Funerária Almir Neves, da Avenida Joaquim Nabuco e o sepultamento foi às 16 horas do mesmo dia.
Fonte: BAÚ VELHO
Grande Orlando,ouvi muito as suas falas,de grande eloquência, versatilidade e competência.
ResponderExcluirSaudoso Orlando Rebelo, muito firme em seus comentários
ResponderExcluirORLANDO não morreu. UM IMBATÍVEL não morre.
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