O bairro de Educandos fica entre o igarapé de Manaus (da Cachoeirinha) e o do bairro do mesmo nome. Passou a chamar-se Constantinópolis pelo Decreto nº 67, de 22 de julho de l907. Foi autor do projeto da nova denominação, o Superintendente interino, Coronel José Monteiro Tapajós, que assim estava homenageando Constantino Nery, governador do Estado no período de 23 de julho de 1900 até julho de 1907.
De acordo com o professor Mário Ipyranga Monteiro, “o nome de Educandos deu-se em razão de ali se encontrar a primitiva casa de Educandos, depois Instituto de Educandos Artífices, fechado em 1877 e que fora criado na gestão do Presidente João Pedro Dias Vieira.
O projeto de um Instituto de Artífices foi apresentado pelo deputado provincial Francisco Antônio Monteiro Tapajós. Além do ensino de letras, os alunos aprendiam os ofícios de encanador, empalhador, torneiro, ferreiro, sapateiro, alfaiate e marceneiro.
Os alunos vestiam fardamento de pano azul com aplicações em vermelho, gorro azul sem pala. Era o uniforme de gala para uso aos domingos e feriados quando eles desciam para o centro da cidade”.
Nas pesquisas que realizamos, constatamos que o bairro de Educandos foi retalhado para a formação de outros, como Santa Luzia, ex-Imboca e Morro da Liberdade, que chegou a ser, por Lei, Bairro da Liberdade (1994).
A abertura das ruas do bairro foi determinada pelo Superintendente municipal Artur César Moreira de Araújo e algumas de suas denominações foram dadas em 1908, como Boulevard Sá Peixoto, Amâncio de Miranda, Inocêncio de Araújo, Delcídio do Amaral, Manoel Urbano, Boulevard Rio Negro, Dr. Tavares Bastos.
Outras vieram mais tarde, como Inácio Guimarães, Leopoldo Peres, Bento José de Lima, ex-Vista Alegre, Coronel Gonzaga, Labor, Otilio Farias, ex-Primo Sabbá, São Vicente, Amazonas, Nova, Macurani, Rua da Igreja, Ana Nogueira, Antimari, Beira Mar, Leopoldo Neves, Av. Presidente Kennedy, Treze de Maio e uma infinidade de Becos.
A primeira ponte ligando a cidade ao bairro de Educandos foi construída na gestão do Dr. Ephigênio Sales, Prefeito de Manaus, (1926-1929), batizada com o seu nome.
Na década de 50 foi construída a Ponte Juscelino Kubstchek, com verbas federais, na primeira administração do governador Gilberto Mestrinho. A nova ponte passou a ligar a avenida Leopoldo Peres com a atual avenida Castelo Branco, ex-Waupés.
Na década de 70, quando era prefeito municipal Frank Abrahim Lima, foi construída outra ponte, ligando o bairro com a rua Quintino Bocaiúva, a qual recebeu a denominação de “Ponte Antônio Plácido” em homenagem ao vigário da Igreja do próprio bairro, conforme Lei nº 1123, de 10-10-1975.
A VOLTA
Constantinopólis voltou a ser bairro de Educandos, por iniciativa do então Vereador Alfredo Dias, também conhecido como “O Homem do Paletó Preto”, através da lei nº. 1469, de 7 de dezembro de 1979.
Fonte: BAÚ VELHO
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