Cine Popular
(1920); (1926-1972)
Por Ed Lincon
Álvaro do Rego Barros, em 1º de janeiro de 1920, inaugurou na avenida Joaquim Nabuco, nº 157, “uma casa de diversões para a exploração de um magnífico cinema, cuja sessão de experiência foi realizada ontem”. Segundo Selda Vale, chamava-se cinema Popular. E, provavelmente, a “sessão de experiência” não deve ter dado certo, vez que, após essa data, não se encontra referências jornalísticas a respeito.
Seis anos depois, a empresa J. Fontenelle & Cia. adquire o prédio construído em 1909, na rua Silva Ramos, nº 190 (atual 1054), onde estivera instalada a loja A Brasileira. Ali instala uma sala de exibição cinematográfica, com o nome de Popular. Constituiu-se no primeiro espaço da Sétima Arte fora do centro da cidade. O Popular, segundo a coluna Teatros e Cinemas, do Diário Oficial (14 nov. 1926), foi pré-inaugurado no dia anterior, às 20h30, quando tocou à porta a banda de música da Força Policial.
No avant-premiére, foi exibido O prêmio da vitória. Presentes, além do proprietário Jonas Fontenelle (1880-1947), Ephigenio Salles, governador do Estado (que cortou a fita de inauguração); M. Xavier Paess Barreto, juiz federal; deputado Aprígio de Menezes (que, em 1928, abriria seu próprio cinema no bairro de Aparecida, o Ideal Cine-Teatro); Joaquim Tanajura (médico, depois Prefeito de Manaus); Washington de Almeida; Dr. Alfredo da Matta; Maximino de Miranda Corrêa; vereador Julio Verne e o Dr. Elviro Dantas, todos acompanhados de suas famílias.
A inauguração para o público ocorreu em 14 de novembro, com a reprise de O prêmio da vitória (em oito partes), da Paramount, estrelado por Claire Windson (1892-1972) e Frank Keenen (1858-1929), astros da cena muda. A sessão de abertura ocorreu às 20h30, ao preço de 1$100 (mil e cem réis).
O cine Popular exibia sessão todas as noites e, justificando a denominação, oferecia ingressos mais baratos. Não possuía cadeiras, todavia, mas sim extensos bancos de madeira assemelhados aos de igreja. Ainda assim, o Jornal do Commércio (17 nov. 1926) apregoava que o Popular havia sido “instalado magnificamente, apresentando conforto aos espectadores. Comporta mais ou menos quinhentas pessoas e ostenta boa iluminação”.
O Popular não era assim tão grande, não possuía palco para apresentação e a fachada não apresentava qualquer visual de cinema. Isso sem falar do desconforto que oferecia. Ao contrário do que se possa imaginar, a tela de projeção diferia da dos demais cinemas. Era composta de sacos vazios de trigo, unidos lado a lado por costura, um tipo de tecido muito resistente e que, em alguns casos, servia para confeccionar vestuário pela camada menos favorecida da população.
Em 1931, o Popular passou a exibir filmes do chamado “gênero livre” (equivalente nos dias atuais aos filmes eróticos). Acontecia em sessões exclusivas para homens. Películas, como Mulheres viciosas, Vício e perversidade, Mulheres faladas, Caixinha de costura etc., eram exibidas disfarçadas pelo titulo de “científicos ou artísticos”, tendo sido algumas delas produzidas no Brasil.
O cine Popular, também conhecido por “Quebra-orgulho”, “Cine Poeira”, “Poli-Pulgas”, “Odeon do bairro”, entre outros epítetos, fez bastante sucesso junto aos moradores do Alto Nazaré, Boulevard Amazonas e adjacências. Mesmo sem levar em conta as pequenas dimensões deste cinema, era frequentado assiduamente nas décadas de 1930 e 1940.
Neste período, em sua tela, seriados americanos começaram a ganhar destaque: O Homem-Morcego, da Columbia; O Falcão da Floresta; O Terror dos Mares; O Aranha Negra; Tambores de Fu-Manchu; Adaga de Salomão e O Misterioso Dr. Satã, entre outros. Também não se pode esquecer as séries de faroeste estreladas por Gene Autry (1907-1998), Tom Mix (1880-1940), Roy Rogers (1911-1998), Wild Bill Elliott (1915-1965), Charles Starret (1903-1986), Hopalong Cassidy (William Boyd) e o mais famoso de todos os cowboys, Allan Rocky Lane, cujo fã-clube era admirável, notadamente entre as mulheres.
No início dos anos 1940, inexistiam linhas de ônibus. Aqueles que desejassem aproveitar os módicos preços do cinema do Alto Nazaré, poderiam apanhar bondes da Manáos Tramways, cujas linhas: Entroncamento, Alto Nazaré, Bilhares, Flores e Vila Municipal trafegavam pela rua Silva Ramos, com parada em frente ao “velho poeira”.
NOTA - Entre as décadas de 1940 e 1960, os filmes ali exibidos procediam do eixo Rio/São Paulo, depois de dois ou três anos. Como se tratava de filmes bastantes “surrados”, costumavam arrebentar ou “queimar” (como se denominava na época) inúmeras vezes durante a projeção. O conserto demorava, as luzes eram acesas... e paciência. Nem sempre tal acontecia. Os freqüentadores se aborreciam e, aos gritos de “ladrão, ladrão”, esperavam a sessão recomeçar. Então, para solucionar o problema, Arlindo, o projecionista do Popular, fazia antecipadamente revisões e emendas, esperando que o pior não acontecesse.
Em incontáveis oportunidades, ele era auxiliado pelo garoto Aluízio Ferreira, que morava ali próximo no Boulevard Amazonas e, por sua amizade com todos os funcionários, possuía livre acesso.
O poeira do Alto Nazaré foi o grande beneficiado com a reforma do Odeon. Foi contemplado com as cadeiras pertencentes ao mesmo, substituindo os desconfortáveis bancos de madeira Também foram realizados reparos no prédio, que incluíram pintura interna e externa, consertos do telhado, para exclusão de goteiras, instalação de novos projetores, entre outros melhoramentos.
A reabertura do Popular aconteceu a 9 de fevereiro. A proprietária conseguiu êxito retumbante ao exibir, bem antes de outros cinemas, a fita A canção da Índia, com Sabu (1924-1963), Gail Russel e outros. Ainda nesse mesmo dia, o “velho poeira” apresenta No tempo das diligências, com John Wayne no papel principal, e os dois primeiros episódios de O homem de ferro. Em agosto de 1959, “o velho poeira” encosta as portas para mais uma reforma. Parecia não voltar, pois demorou exatamente três anos para ser concluída. Enquanto esteve fechado, o Popular passou por manutenção em seu salão de projeção, onde foi instalada a nova tela destinada a exibição em cinemascope, além de dois novos projetores. Reaberto em 30 de dezembro de 1962, a direção do Popular alegou que a demora se deveu a problemas com energia elétrica, resolvidos pela Companhia de Eletricidade de Manaus (CEM), atual Manaus Energia. A re-inauguração foi efetivada com grande pompa e expectativa. Em todas as sessões foi exibida a película O gladiador invencível. Em setembro de 1963, a empresa Fontenelle, administrada pelo Dr. Alberto Carreira da Silva (1907-1982), herdeiro de Jonas Fontenelle, abandona o mercado exibidor de Manaus após arrendar todas suas salas (Odeon, Éden, Polytheama e Popular) para o grupo Severiano Ribeiro, pertencente a Luiz Severiano Ribeiro Júnior. |
Seis
anos depois de relativo sucesso, o cine Popular apresenta
sinais de desgaste em sua estrutura, ainda mais agravado pela inauguração da TV
em Manaus. Em setembro de 1969. A aceitação desta motivou e acentuou o
afastamento de grande parte de seus freqüentadores.
Para completar a desventura, o prefeito de Manaus, Paulo Pinto Nery (1915-1995), proclamou uma devassa nos cinemas sem condições de funcionamento. O recém-inaugurado diário A Notícia (3 maio 1969), fundado pelo comendador Felix Fink, ainda em sua terceira edição, socorre os cinemas: FECHAR OS CINEMAS, ESSA É BOA! “Nós nada temos a ver com isso, mas em nossa modesta concepção a idéia de fechar os cinemas é simplesmente ridícula.”
Em novembro de 1970, a São Luiz (nome de fantasia do grupo Severiano Ribeiro), escala os cines Odeon e Polytheama como lançadores de novos filmes. No Éden e no Popular, de outra maneira, a empresa resolve modificar o horário das sessões. Somente no domingo seriam apresentados dois filmes distintos, um na vesperal e outro à noite. Além do desconforto, a sujeira e outros inconvenientes constituíam problemas destacados nas casas de exibição de Manaus, como acentua o matutino da empresa Archer Pinto (O Jornal, 5 dez. 1970): “Realmente, a sujeira, o calor, e o mau cheiro reinantes em nossos cinemas causa revolta e humilha a nossa cidade.Somos uma terra em crescimento. Tudo melhorou ou está melhorando. Menos os cinemas que ficam piores, na medida que os dias passam. Uma vergonha.”
No final de 1971, a Prefeitura e o Instituto Nacional do Cinema (INC) passaram a controlar e fiscalizar severamente as atividades das casas de diversões. Para isso, foi nomeada uma “comissão de saúde” que, em conjunto com a Secretaria de Desenvolvimento Comunitário (Sedeco) e o INC, por seu representante local, Alfredo Jackson Cabral (substituído, em 1º jun. 1972, por Afonso Lopes) realizou vistorias nas salas de projeção cinematográfica, encaminhando relatório completo ao Prefeito Paulo Nery. Esta autoridade concedeu o prazo de 30 dias, para que os responsáveis executassem os reparos adequados ao padrão de conforto exigido pela comuna. Ao contrário, não poderiam continuar funcionando.
De todos os cinemas vistoriados pela Prefeitura e pelo INC, o Popular se apresentava em piores condições, especialmente em seu interior. Ali, havia cadeiras soltas, piso de madeira completamente deteriorado e, pior, estava infestado de ratos e morcegos. Diante do quadro, a empresa São Luiz optou pelo encerramento das atividades nesta sala.
Data do fechamento: 28 de junho do mesmo ano, quase 46 anos de funcionamento.
Para completar a desventura, o prefeito de Manaus, Paulo Pinto Nery (1915-1995), proclamou uma devassa nos cinemas sem condições de funcionamento. O recém-inaugurado diário A Notícia (3 maio 1969), fundado pelo comendador Felix Fink, ainda em sua terceira edição, socorre os cinemas: FECHAR OS CINEMAS, ESSA É BOA! “Nós nada temos a ver com isso, mas em nossa modesta concepção a idéia de fechar os cinemas é simplesmente ridícula.”
Em novembro de 1970, a São Luiz (nome de fantasia do grupo Severiano Ribeiro), escala os cines Odeon e Polytheama como lançadores de novos filmes. No Éden e no Popular, de outra maneira, a empresa resolve modificar o horário das sessões. Somente no domingo seriam apresentados dois filmes distintos, um na vesperal e outro à noite. Além do desconforto, a sujeira e outros inconvenientes constituíam problemas destacados nas casas de exibição de Manaus, como acentua o matutino da empresa Archer Pinto (O Jornal, 5 dez. 1970): “Realmente, a sujeira, o calor, e o mau cheiro reinantes em nossos cinemas causa revolta e humilha a nossa cidade.Somos uma terra em crescimento. Tudo melhorou ou está melhorando. Menos os cinemas que ficam piores, na medida que os dias passam. Uma vergonha.”
No final de 1971, a Prefeitura e o Instituto Nacional do Cinema (INC) passaram a controlar e fiscalizar severamente as atividades das casas de diversões. Para isso, foi nomeada uma “comissão de saúde” que, em conjunto com a Secretaria de Desenvolvimento Comunitário (Sedeco) e o INC, por seu representante local, Alfredo Jackson Cabral (substituído, em 1º jun. 1972, por Afonso Lopes) realizou vistorias nas salas de projeção cinematográfica, encaminhando relatório completo ao Prefeito Paulo Nery. Esta autoridade concedeu o prazo de 30 dias, para que os responsáveis executassem os reparos adequados ao padrão de conforto exigido pela comuna. Ao contrário, não poderiam continuar funcionando.
De todos os cinemas vistoriados pela Prefeitura e pelo INC, o Popular se apresentava em piores condições, especialmente em seu interior. Ali, havia cadeiras soltas, piso de madeira completamente deteriorado e, pior, estava infestado de ratos e morcegos. Diante do quadro, a empresa São Luiz optou pelo encerramento das atividades nesta sala.
Data do fechamento: 28 de junho do mesmo ano, quase 46 anos de funcionamento.
Encerradas as atividades do Popular, o arrendatário em Nota ainda apregoava para breve
a reabertura, após rigorosa reforma que acabou nunca acontecendo. No ano
seguinte, Manaus viu desaparecer quase todos seus cinemas. Odeon, Vitória,
Palace, Eden, Polytheama e Avenida encerraram as atividades, restando Guarany e
Ipiranga que passariam por reformas parciais.
Mas o Popular ainda ressurgiria...
como cine POP.
Cine Pop
(1977-1979)
O prédio do Popular foi arrendado por
Luiz Moraes (proprietário da Cinemazon, situada à rua Dr. Almino, nº 48,
distribuidora e locadora de filmes em 16mm), que o reformou em sua totalidade,
para reabri-lo com o sugestivo título de Cine Pop.
Na parte externa em uma das entradas que abria para a rua Silva Ramos houve ampliação e nela foi colocada uma porta metálica, do tipo “enrolar”.
Repetindo o esforço do Popular, o Pop também oferecia ingressos a preços módicos, para concorrer com os demais cinemas da cidade. E, apesar de não ser muito confortável, ainda conservava as cadeiras que pertenceram ao Odeon.
Na parte externa em uma das entradas que abria para a rua Silva Ramos houve ampliação e nela foi colocada uma porta metálica, do tipo “enrolar”.
Repetindo o esforço do Popular, o Pop também oferecia ingressos a preços módicos, para concorrer com os demais cinemas da cidade. E, apesar de não ser muito confortável, ainda conservava as cadeiras que pertenceram ao Odeon.
“Na noite do dia 6, Manaus vai ganhar mais um cineminha. O careca
Moraes, bamba no assunto, reformou o antigo “Cinema Popular”, colocou umas
trezentas poltronas, tela panorâmica, som ótico, projeção 100% de nitidez,
ventilação Fresh-Air System, botou o nome de “Cine Pop” e vai abrir as portas
com o filme brasileiro Simbad, o marujo
trapalhão, com Renato Aragão
e Dedé Santana, em duas sessões [às 19 e 21 horas]. Muito bem!”
A Crítica (4.jan.1977),
No dia da inauguração, a 6 de janeiro de 1977, o ajuntamento de pessoas para a estréia foi tão vultoso, que redundou em portas quebradas e algumas cadeiras danificadas. Nada que ofuscasse a festa de reabertura. Resolvidos esses problemas, já em fevereiro foram exibidas com grande sucesso de público as seguintes fitas: A fúria do dragão, estrelado pelo astro das artes marciais Bruce Lee (1940-1973); Júlia e seus homens, com a atriz holandesa Sylvia Crystel; Sexy e marginal e, ainda,Regina e o dragão de ouro. E, em 16 de fevereiro, outro sucesso de Renato Aragão & Cia., Os Trapalhões na ilha do tesouro.
Este cinema funcionava todos os dias com três sessões: vespertinas (14h e 16h) e a noturna (20h) e, aos domingos, havia a sessão das 21h. Em março, na programação do Pop constavam os seguintes filmes: dia 17, Presas brancas, a partir das 16h; dia 18, em sessão dupla: O destino do Poseidon e O pistoleiro não muito mortal, (14h e 16h); dia 23, Os mais atrevidos dos transplantes; dia 25, Carambola; e, dia 26, a pedidos, no horário das 18h20 e 22h, novamente O destino do Poseidon.
Ainda em 1977, na esteira da vitória do Cine Pop surgiram: o Studio Center, construído pela empresa Bernardino no terceiro andar do edifício Manaus Shopping Center (20 de abril). E o Cinema-2 (inaugurado em 23 de julho), pertencente à empresa Cinemas do Amazonas Ltda., de Jesus W. Leong e Orsine Oliveira (a partir de 1981, a razão social desta empresa é alterada para J. W. Leong Ltda.).
“Os proprietários do Cine Pop, anteontem, chamaram a polícia para coibir os abusos de alguns baderneiros que estavam promovendo quebra-quebra e perturbando os demais espectadores. Várias chamadas telefônicas foram feitas, mas nenhum policial apareceu. A ordem foi mantida à custo, pelos próprios responsáveis pelo “Cine Pop”.
No dia da inauguração, a 6 de janeiro de 1977, o ajuntamento de pessoas para a estréia foi tão vultoso, que redundou em portas quebradas e algumas cadeiras danificadas. Nada que ofuscasse a festa de reabertura. Resolvidos esses problemas, já em fevereiro foram exibidas com grande sucesso de público as seguintes fitas: A fúria do dragão, estrelado pelo astro das artes marciais Bruce Lee (1940-1973); Júlia e seus homens, com a atriz holandesa Sylvia Crystel; Sexy e marginal e, ainda,Regina e o dragão de ouro. E, em 16 de fevereiro, outro sucesso de Renato Aragão & Cia., Os Trapalhões na ilha do tesouro.
Este cinema funcionava todos os dias com três sessões: vespertinas (14h e 16h) e a noturna (20h) e, aos domingos, havia a sessão das 21h. Em março, na programação do Pop constavam os seguintes filmes: dia 17, Presas brancas, a partir das 16h; dia 18, em sessão dupla: O destino do Poseidon e O pistoleiro não muito mortal, (14h e 16h); dia 23, Os mais atrevidos dos transplantes; dia 25, Carambola; e, dia 26, a pedidos, no horário das 18h20 e 22h, novamente O destino do Poseidon.
Ainda em 1977, na esteira da vitória do Cine Pop surgiram: o Studio Center, construído pela empresa Bernardino no terceiro andar do edifício Manaus Shopping Center (20 de abril). E o Cinema-2 (inaugurado em 23 de julho), pertencente à empresa Cinemas do Amazonas Ltda., de Jesus W. Leong e Orsine Oliveira (a partir de 1981, a razão social desta empresa é alterada para J. W. Leong Ltda.).
“Os proprietários do Cine Pop, anteontem, chamaram a polícia para coibir os abusos de alguns baderneiros que estavam promovendo quebra-quebra e perturbando os demais espectadores. Várias chamadas telefônicas foram feitas, mas nenhum policial apareceu. A ordem foi mantida à custo, pelos próprios responsáveis pelo “Cine Pop”.
A Crítica (30 jul.1977),
Ainda em 1977, a 2 de novembro, foi instalada nova tela, vinda de São Paulo, e implantado melhoramento no sistema de som. No dia 8, estreou A Profecia, com Gregory Peck e elenco. A despeito desse esforço, repetidas vezes eram exibidas fitas que haviam saído de programação recentemente dos outros cinemas da cidade. Como aconteceu com King Kong, lançado com sucesso no cine Ipiranga, em setembro e, em dezembro, no Pop. Outro, Contatos imediatos do 3º grau, que lançado em julho de 1978 no cine Veneza, esteve no Pop em dezembro seguinte. Também as pornochanchadas tinham lugar garantido nesta sala: Deu a louca nas mulheres, O cortiço, Mulher objeto,Procura-se moças de fino trato etc. Quando completou dois anos de funcionamento, o Cine Pop passou a exibir dois filmes em cada sessão. Em 11 de fevereiro constava da programação: Robin Hood, o trapalhão da floresta, com Renato Aragão e Dedé Santana, e O sanguinário, com Oliver Reed. Em junho, Luiz Moraes decide passar filmes do gênero “kung fu” e épicos como Maciste na corte do czar, Os doze gladiadores, entre outros. Em 26 de outubro de 1979, o Cine Pop encerrou suas atividades. Exibiu na última sessão a película O vento e o leão. O motivo do fechamento em pleno sucesso, foi porque o dono do prédio faleceu, e seu sucessor, Dr. Alberto Carreira da Silva decidiu não mais alugá-lo, mas vendê-lo pela quantia na época de Cr$ 2.000.000,00 (Dois milhões de cruzeiros). Como Luiz Moraes não dispunha do valor total, o negócio não se concretizou. |
Após o fechamento do Cine Pop, o
prédio foi transformado em depósito de cargas e criminosamente incendiado em 23 de agosto de
1980.
Permaneceu fechado durante anos, até
ser restaurado e nele instalada uma drogaria. Adiante, funcionou no local uma
boate de categoria duvidosa. Atualmente, abriga uma loja de tintas.
HOJE
Abaixo, local onde funcionou o Cine Vitória.
Hoje, somente os moradores mais antigos sabem que ali, naquele velho prédio construído em 1909, funcionou um cinema, o inesquecível Popular.
Morei proximo ao cine e acompanhei a sua derrocada minha mae dava almoço merenda e janta
ResponderExcluirPara os porteiros e cinegrafista so ficou saudades