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quarta-feira, 16 de abril de 2014

Colégio Estadual do Amazonas


Com a chegada da Corte Portuguesa no Brasil, algumas medidas foram tomadas por D. 
João  VI  em  relação  à  instrução,  para  atender  a  Corte.  Nesse sentido,  foram  criados  cursos superiores e com o tempo fez‐se necessário criar cursos secundários. 
  O Ato Adicional de 06/08/1834 trouxe uma ruptura na legislação do ensino, uma vez que as Províncias obtiveram o direito de legislar sobre o ensino primário e secundário. O ensino superior e  o  acadêmico  ficaram  com  o poder  central.  A  princípio,  os  Liceus  nas  Províncias, tinham  a atribuição de oferecer aos alunos as disciplinas exigidas nos exames preparatórios para o ingresso no ensino superior. 

  Nas principais Províncias onde foram  criados os  Liceus, o  currículo básico foi  composto pelos cursos de latim, retórica, gramática, grego, geografia e ciências naturais. Ficava a cargo das Assembleias  Legislativas preparar  as modalidades de  ensino  e formar os quadros de recursos humanos, relativos a instrução pública. 

  As  desigualdades  regionais  de  ensino,  principalmente  as  de  caráter  econômico  e 
geográfico,  protelaram  a  criação  do  Liceu  Provincial  Amazonense,  fato  esse  que só ocorreu  em  14/03/1869  pelo  Regulamento  nº  18,  assinado  pelo  presidente  da  Província  Dr. Wilkens de Mattos. Tendo como primeiro diretor o Dr. José Maria D’ Albuquerque Melo. 

Antes de possuir sede própria suas instalações foram nas dependências  do  Seminário  Episcopal  de  São  José.  Depois ocupou esta várias outras edificações, devido a essa rotatividade, fez  com  que,  a  necessidade  de  construção  de  instalações condizentes para o seu funcionamento, fosse  concretizado  no  ano  de  1880,  no  governo  do  presidente provincial Sátyro de Oliveira. 

O prédio foi construído para o Liceu Provincial Amazonense. Possuindo estilo neoclássico, 
com dois pavimentos, contendo salas amplas, os corredores internos com janelas para as alas descobertas, onde estava localizado o teatro de arena. Fazia parte de sua estrutura 1 porão e 3 escadas, que davam acesso à parte superior. Uma escada foi construída em madeira maciça e as outras duas de ferro em hélice. A fachada principal foi composta por 4 colunas feitas de pedra de 
cantaria e uma escadaria em mármore. 

  O  primeiro  governador  do  Estado  do  Amazonas  tenente‐coronel  Augusto  Ximenez  de Villeroy, extinguiu o  Liceu Provincial Amazonense, por meio do Decreto nº  15 de  17/01/1890, alegando  falta  de  recursos  para  mantê‐lo. No  entanto,  em  13/10/1893  pelo  Decreto  nº  34, promulgado pelo então governador Eduardo Gonçalves Ribeiro, criou o Gymnasio Amazonense, queno transcorrer de sua existência surgiram vários cursos entre eles: agrimensura, comercial, pré‐médico, científico, humanidades, clássico, laboratório, saúde, patologia clínica e o acadêmico.  

  O  quadro  de  funcionários  englobava  além  do  corpo  docente  o  administrativo,  era 
composto por um diretor, um secretário, um amanuense, dois bedéis, um contínuo, um jardineiro e dois serventes. Quanto à formação do professor, bem como o critério de seleção e aprovação para  exercer  o magistério,  era  extremamente rígido, o mesmo se  dando  com  o  ingresso  dos discentes à instituição. 

  Em  1931, pelo Decreto Constitucional nº  19.560 foi  criado o Ministério da  Educação  e 
Saúde.  Neste  ínterim,  o  Governo  Federal  instituiu  a  Reforma  de  ensino  Francisco  Campos, 
conforme o Decreto Federal nº 21.241 de 04/04/1932, que dividiu o curso secundário em duas 
etapas: o fundamental e o complementar. 

Diante desse novo dispositivo, a direção do Gymnasio Amazonense Provincial solicitou ao 
Ministério da Educação e Saúde uma inspeção, pois o curso secundário compreendia apenas o fundamental, sendo aprovado pela Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas, conforme lei nº 509 de 23/05/1932, o curso complementar no Gymnasio. 
O Gymnasio Amazonense teve seu nome alterado por diversas  vezes. Primeiramente foi 
denominado de Liceu Provincial Amazonense (1869), depois para Gymnasio Amazonense (1893), e Gymnasio Amazonense Pedro  II  em  1925, mas  em  19/02/1938  volta  a ter  a denominação de Gymnasio Amazonense. E, 1943, recebeu o nome de Colégio Estadual do Amazonas. Apesar  dos  inúmeros  acontecimentos,  o  Gymnasio  Amazonense  Pedro  II  tornou‐se  um referencial, contribuindo para a formação de pessoas renomadas na cidade de Manaus.


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