Avenida Eduardo Ribeiro
Eduardo Gonçalves Ribeiro, nasceu no Maranhão, no dia 18 de setembro de 1862 e faleceu no dia 14 de outubro de 1900; era conhecido pelo apelido de pensador, em decorrência de ter participado ativamente dos movimentos republicanos e ter editado o jornal O Pensador, no Maranhão. Governou o Amazonas no período de 23 de julho de 1892 a 23 de julho de 1896.
No governo, mandou fazer o Teatro Amazonas, o Reservatório do Mocó, a Ponte de Ferro da 7 de Setembro, o Palácio de Justiça e inúmeras outras obras, transformando Manaus na conhecida Paris dos Trópicos; dinheiro não faltava, quanto mais gastava, mais os cofres enchiam, advindos dos impostos da comercialização da borracha.
Logo nos primeiros anos da administração, o governador Eduardo Ribeiro anunciou a desapropriação de vários terrenos daquela rua, justificando que com este ato estava transformando-a assim em uma Avenida de um belo aspecto. Uma das primeiras menções sobre o projeto da avenida Eduardo Ribeiro foi feita pelo diretor de Obras Públicas, Armênio de Figueiredo, em junho de 1893, ao afirmar que a mesma teria trinta metros de largura e mil e sessenta de comprimento e se estendia entre a nova rampa e a fachada do novo Palácio (Palácio da Justiça que foi inaugurado em 1900). Na época da construção do palácio, ela é citada com freqüência nos relatos como avenida do Palácio.
Por muitas décadas, a avenida Eduardo Ribeiro manteve-se como a principal via da cidade, mesmo depois do advento da Zona Franca; com o crescimento acelerado da cidade e com a intensificação do trânsito, tornou-se proporcionalmente pequena. Permanece como uma avenida comercial de grande importância para a cidade, mas ultimamente foram-lhe impostas algumas modificações em função da facilitação do trânsito de veículos, não havendo, todavia, maior preocupação com o seu embelezamento.
A centenária avenida Eduardo Ribeiro é uma das mais importantes vias do Centro de Manaus e, por concentrar grande parte da circulação de pessoas nessa região, acaba agravando os problemas de congestionamento e ocupação das calçadas, feita por lojistas e camelôs. Mas se hoje é difícil o pedestre ter espaço na avenida, no passado ela foi, inclusive, palco de grandes eventos, como os desfiles da Semana da Pátria e os tradicionais carnavais de rua.
Até idos dos anos de 1970, a avenida Eduardo Ribeiro reunia uma grande multidão para assistir aos desfiles cívicos. No dia 5 de Setembro (elevação do Amazonas à categoria de província) as famílias se reuniam nas calçadas e arquibancadas montadas na via para ver as bandas das escolas mais tradicionais da cidade passar. Já no dia 7 de Setembro, era a vez dos homens do Exército, do Centro de Instrução de Guerra na Selva (Cigs), mostrarem seus armamentos, poderio militar e animais.
Esta avenida que já foi a preferida
de Manaus, a mais comercial e, por isso, mais frequentada, agora sofre pela
mudança desse setor e da invasão do comércio marginal.
Na esquina desta com a rua Saldanha
Marinho ainda existe um edifício, que ora abriga uma agência do Bradesco. Antes
desta, ali funcionou a sede do Banco Mineiro do Oeste.
Este banco desapareceu no início dos
anos 1970, tempo das incorporações, passando para o Banco Brasileiro de
Descontos.
As fotos permitem observar vários
detalhes: os modelos dos carros, com predominância dos fuscas; já se vê
automóveis importados, aqui e ali, as utilitárias Hondas; as mãos
de direção permitidas tanto na avenida quanto na rua Saldanha Marinho; o
fardamento dos escolares, saia e blusa, para as estudantes; no fundo, a matriz
da padroeira.
Situação bem diversa de nossos dias,
onde a avenida possui apenas um sentido, e vive congestionada. Aos domingos
pela manhã, ocorre uma grande feira de artesanatos e cafés regionais. Vira e
volta, a Avenida Eduardo Ribeiro fecha, para receber eventos como: Aniversário
da Rádio Difusora do Amazonas (que funciona instalada na avenida), Alguns
eventos de Pentecostes, para as celebrações especiais da Igreja da Matriz e
para diversas manifestações públicas.
Hoje, a prefeitura tenta reorganizar
a avenida, começando pela retirada dos ambulantes, que enfeavam e complicavam a
rotina da “Eduardo Ribeiro”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário