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quarta-feira, 9 de abril de 2014

ARMAZÉNS ANDRESEN


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Os Andresen têm origem dinamarquesa pelo lado paterno, fincaram suas raízes na cidade portuguesa do Porto, era uma família de muitas posses, foram grandes armadores na Europa. 

Compraram, em 1893, o vapor “Royuma” (construído em 1887 na Inglaterra) que foi rebatizado de “Manaos”, para operar regularmente entre o Rio Douro e no Rio Amazonas.

Neste navio vieram milhares de portugueses para a Amazônia. A última viagem foi em primeiro de fevereiro de 1910, ficou encalhado na Praia de Caruarú, a poucas horas de viagem de Coari – bateu num tronco submerso, abrindo um rombo no porão da proa, com perca total, os tripulantes e passageiros seguiram viagem  a bordo do vapor “Perseverança”.

Existe na internet a disposição dos pesquisadores o livro “Impressões do Brazil no Século Vinte”, editada em 1913 e impressa na Inglaterra por Lloyd's Greater Britain Publishing Company, Ltd., com 1.080 páginas, mantida no Arquivo Histórico de Cubatão/SP.

Sobre os “Armazéns Andresen” é comentado no livro o seguinte:

"Os Armazéns Andresen, conhecidos em todo o Norte do Brasil, foram fundados em 1883, pela importante firma J. H. Andresen, do Porto. Operam os Armazéns Andresen como casa importadora, exportadora, bancária, aviadora, comissária e armadora, e têm um capital realizado de Rs. 2.500:000$000, fazendo transações avultadas com as principais praças da América do Sul, Europa e Norte América.

Além do estabelecimento principal, no qual funcionam os escritórios, e que ocupa uma grande área às ruas Marcílio Dias, Guilherme Moreira e Praça Tamandaré, tem a firma vários anexos, situados em diferentes pontos da cidade. Possui uma frota regular, composta dos vapores Cabral, Andresen, Arinos, Manáuense, e dos rebocadores Miramar e Galgo. Estes vapores, amplos, arejados e construídos expressamente para navegação nos rios do Amazonas, põem os Armazéns Andresen em contato com os pontos comerciais do interior nos rios Juruá, Madeira, Purus, Solimões etc.

Preside hoje os destinos da casa o Sr. Joaquim Rodrigues da Silva Dias, que tem longa prática comercial e é estimadíssimo no comércio de Manaus".

Os Armazéns Andresen e muitas outras firmas que trabalhavam com a comercialização da borracha, faliram e fecharam as suas portas entre 1911 e 1920.

O prédio continua em pé, apesar do abandono dos atuais proprietários, mas, a sua história ficará para sempre. É isso ai.

Observação: Caso o Sr. João Andresen (trineto do fundador) leia novamente a postagem, favor enviar o e-mail para envio das fotografias em separado.


Fonte: Blog do Rocha

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