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quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Eduardo Piccinini


Lenda da natação amazonense fala sobre seu legado em entrevista exclusiva.

Eduardo Piccinini com a família, nos EUA.

O MANAUS HOJE conversou com a lenda da natação amazonense Eduardo Piccinini, primeiro nadador do Estado a disputar uma Olimpíada. Ele vive nos EUA há 23 anos, mas deixou um legado eterno para a história do esporte baré.

Eduardo Piccinini é o maior nome da história da natação amazonense e tornou-se uma lenda do esporte local. Afinal, foram suas braçadas nas piscinas dos Jogos Pan-Americanos de Havana, em 1991, que trouxeram a primeira medalha na história do Amazonas na competição continental (ele voltaria a conquistar outras duas medalhas no Pan da Argentina, em 95). Mas o principal feito de Eduardo é ser até hoje, o primeiro nadador baré a competir em uma Olimpíada, em Barcelona, 1992.

Mesmo dono de todo este histórico vitorioso, a presença de Piccinini poderia passar despercebida em qualquer competição de natação no Estado nos dias atuais, caso o ex-nadador não fizesse questão em ser identificado. Apesar de ainda ser muito lembrado no meio esportivo, o ex-nadador “sumiu do mapa”, das páginas de jornais e dos programas de televisão desde que se mudou para os Estados Unidos, há 23 anos.

O MANAUS HOJE, porém, localizou Piccinini e bateu um papo histórico com o ex-atleta ontem. Hoje aos 41 anos, Eduardo é casado com a mexicana Carmina, é pai de dois filhos (Luca, 7 e Sofia, 1) e vive uma vida tranquila em Phoenix, no estado do Arizona.

A lenda da natação amazonense trabalha com a venda de produtos industriais. “Fui em Manaus há dois anos, no aniversário do meu pai. Não é muito fácil eu visitar a cidade, porque infelizmente, os custos com passagens é muito caro. De fato, eu passei um tempo sem contato com os amigos e com a própria situação da natação amazonense, mas recentemente, fui colocado em um grupo de Whatsapp com outros nadadores antigos e voltei a me aproximar de tudo”, contou Piccinini.

Apesar de ter feito histórias nas piscinas, Eduardo garante que não dá suas “braçadas” há um tempinho. “Depois que vim para cá, nadei por um tempo em uma equipe master. Mas, a vida de atleta é muito cansativa, puxada e deixei de nadar em minha vida. Estou há três anos sem nadar, mesmo sendo um esporte que eu amo. Estão abrindo um clube aqui perto de casa e tem uma piscina bem grande. Quem sabe eu não resolva ir para lá?”, confessou.

Cenário local

Piccinini também opinou sobre o cenário da natação amazonense e acredita que as coisas evoluíram, apesar de ainda faltar o apoio devido. “A natação amazonense está melhorando e pode melhorar muito ainda, se tiver o apoio necessário. Temos uma safra de nadadores muito boa. E o apoio é fundamental para esses atletas crescerem. Quando comecei a nadar, tinha muita força de vontade, mas o nosso clube, chamado Manauara, teve um grande apoio do prefeito (na época, Artur Neto). Aí os resultados vieram. O Amazonas ganhou um norte nordeste e tivemos conquistas em nível nacional. Isso é algo que se aplica a natação e a qualquer outro esporte”, relembrou.

O fato de alguns de seus recordes estaduais permanecerem intactos até os dias de hoje, também é motivo de orgulho. Recentemente, Piccinini teve um de seus recordes batidos, o dos 50m borboleta por Helissandro Queiroz. Eduardo comentou o feito. “Eu quero que meus recordes sejam batidos pois prova que existem bons atletas no Estado. Tenho um pouco de orgulho de ainda ter alguns recordes amazonenses, mas quero que a natação amazonense continue evoluindo e batendo estas marcas”, avaliou.

Além de ficar por dentro das notícias da natação local, Piccinini usa o Whatsapp para reencontrar seus antigos amigos. “Pude bater um papo com figuras muitos boas, como o Caju, Eduardo Couto, o nosso grande campeão Jeferson Mascarenhas, e meus ex-treinadores Botinho, Aly Almeida, Claudio Nobre e outros amigos”.

Memórias e recordações olímpicas

A participação nos Jogos Olímpicos de Barcelona ainda está bem viva na memória de Eduardo. O nadador amazonense disputou duas provas: os 100 metros borboleta (onde ficou na 18º posição) e os 200 metros, onde chegou entre os 15 melhores do planeta naquela época. Piccinini guarda com carinho as memórias daqueles dias no mundo olímpico. “Guardo muitas coisas, tenho fotos e tenho meu diploma de participação nas olimpíadas. Fiz amigos, como o Evandro, ex-lutador de boxe, e tive a oportunidade de conversar por alguns minutos com o Nelson Mandela. São memórias muitos boas. Foi meu apogeu no esporte e jamais vou me esquecer disso. As fotos ficam velhas, as medalhas enfurrajam, o diploma amarelado, mas o que fica na memoria é para sempre”, afirmou Eduardo.

O feito de Eduardo só seria igualado pela amazonense Daynara de Paula (nascida no Estado, mas que foi criada e fez toda sua carreira em São Paulo), que nadou as Olimpíadas de 2008 e 2012. As três medalhas conquistadas nos Jogos Pan Americanos (um bronze em Havana, 91, nos 100m borboleta e duas pratas em Mar del Plata-ARG, nos 100m borboleta e no revezamento 4x100m livre) também são guardadas com carinho pela família de Eduardo “O que fica na cabeça é o orgulho de representar o país e a região. No momento que caminhei para os pódios, veio o filme da carreira e fiquei muito feliz por representar o Amazonas no esporte”, destacou.

TRÊS PERGUNTAS

Como você avalia a atual natação brasileira? Acha que podemos fazer bonito em 2016?

Acredito que sim. Estava acompanhando o Pan Pacífico e gostei do Leonardo de Deus. Temos bons nadadores de medley e velocistas. O César Cielo também está em alta, apesar de não ter nadado no Pan Pacífico. Ele tem que aproveitar seu potencial. Vou acompanhar e torcer bastante.

Você abriu mão de tentar ir aos Jogos Olímpicos de 96 para seguir estudando nos EUA. Acredita que teria condições de obter a classificação para Atlanta 96?

Deixei Manaus porque fui recrutado para a universidade. Não tinha o apoio necessário para continuar aí no esporte de alto nível. Com a estrutura daqui, consegui me classificar para ir ao mundial de Roma em 95 e poderia tentar a vaga em 1996, mas meu treinador nos EUA mudou e acabei não obtendo bons tempos. Se eu fosse tentar nadar em Atlanta, teria 26 anos em 1996 e já estava no final da minha carreira. Refleti e resolvi seguir minha vida. O corpo cansa quando se compete em alto nível. Jamais me arrependi disso.

Você pretende visitar Manaus quando?

Tentei me organizar para ir na cidade no fim do ano, mas não poderei. Espero visitar a cidade em breve, reencontrar meus amigos, minha família e andar muito por esta cidade que é a minha paixão. Quem sabe quando eu for à cidade possa até mergulhar nas piscinas daí né? (risos). Jamais esquecerei minhas origens e raízes amazonenses.

Fonte: MOHS® | MANAUS ONTEM HOJE SEMPRE® | PORTAL A CRITICA

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