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sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Lendas sinistras do Instituto Ida Nelson “O Sótão”

Lendas sinistras do Instituto Ida Nelson
“O Sótão”



O que se dizia era que o sótão do salão era assombrado.

Bem me lembro de 1983, enquanto encenávamos a peça “Os Heróis” (dirigida pela Profa. Juçara), quando uma colega estava chorando porque subiu e viu um vulto lá, como disse.

Era boato (?), mas um boato que tinha vida própria. Ninguém dizia o que, mas algo de sobrenatural havia naquele sótão.

Durante os quase 14 anos em que estudei lá, nunca fui investigar.

Até que chegou o dia do ensaio da formatura. Turma de 1991.

A turma lá nos bancos, percebi que não havia alguém do colégio no salão.

Era a hora.

Subi a escada que ficava por detrás do som (antiquíssimo, acho que dos anos 60!) do salão – era um amplificador doméstico, com saída para duas caixinhas que ficavam suspensas.

Lá de baixo nada se via, só a porta escura do alçapão acima. Coragem! Fui!

Ao adentrar ao sótão, segue o que vi:

O chão era de compensado, isso mesmo: ripa e compensado, de forma que só era seguro se andar pelas vigas, estávamos pisando no próprio forro do palco!

Havia muitas, muitas marionetes, aqueles bonecos de pano; muitas peças de cartolina, acho que cenários de apresentações, umas roupas amontoadas. Vi também umas cadeiras pequenas em um canto.

Mas algo me chamou a atenção:

UMA das bonecas estava deslocada, todos os bonecos de marionetes estavam em um mesmo monte, mas UMA estava longe.

O que estava fazendo uma boneca longe das demais? É claro que quem as tivesse guardado as teria guardado juntas e de uma vez.

E essa boneca estava jogada (deitada?) de barriga para cima justo perto da escada. Teria sido jogada lá? esquecida? ou estava apenas esperando que eu descesse?

Satisfeita minha curiosidade, tratei de descer.

Desci com muito receio de que algo estivesse me seguindo, a escada tinha os degraus estreitos, de forma que se tinha que descer com cuidado. Ao chegar lá embaixo de uma última olhada lá pra cima, aparentemente tudo normal.

Voltei para o ensaio da turma. Feliz porque estava com uma curiosidade a menos sobre o colégio.

Por Marco Evangelista em dezembro de 2011

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