FACES IN THE GROOVE

FACES IN THE GROVE

No final desta matéria, 

conheça mais sobre a FACES IN THE GROVE Original, de Miami, Florida, USA

Os adolescentes da década de 80, se reuniam às quatro da tarde na Faces in the Groove, uma danceteria em frente ao Posto 700 na Djalma Batista, a uns 300 metros da Danceteria Brilho; Só chamávamos de “Faces”.

O “FACES” de hoje também é um sucesso, mas não precisamos ir para local algum específico, pois ele está em qualquer dispositivo que tenha acesso a internet, e, como antes, todo jovem curte... o “FACEBOOK”.

A Faces funcionava domingo.

 Nas segundas e terças era papo das notícias sobre o que havia acontecido no último domingo na Faces.

Os jovens, dos “anos 80”, voltavam dos balneários (Tarumã, Cetur e Ponte da Bolívia), às três começavam a se aprontar; roupas com cores fosforescentes, laranja, amarelo ouro, verde limão, quanto mais “cheguei”, melhor. No cabelo, NewWave, um gel comprado na Lobras, que tinha um monte de brilhos... acredite, em 1985 quase todo mundo usava.

Ao contrário de hoje, eram os pais que levavam os jovens à Faces .

Lá fora, no claro, já dava pra ver nas meninas muito do que a farda do colégio escondia; tudo bem que nas Feiras da Bondade e Expoagros da vida podíamos ver as moças fora do colégio, mas como iam (para tais eventos) com os pais, não iam tão ousadamente vestidas como iam pra Faces.

Se formava uma fila para a sessão “Mingau”; tinha esse nome porque maiores de 18, teoricamente não entravam.

Tudo no prédio era preto. Por fora era preto, por dentro também. Uma ante-sala dava para o salão principal; no chão mangueiras transparentes tinham luzes amarelas fixas; de um lado, o bar e os banheiros (sobre o bar, a cabine de som); noutro, um palco, que será utilizado duas vezes, na “Garota Faces”, em uma das laterais havia um paredão; na outra lateral, uma área com estofados pretos, ao canto uma escada, para a área de estofados pretos do segundo andar. Este segundo andar, servia para levar alguma menina pra dar uns “amassos” (no colégio era perigoso, tinha inspetores!).

No centro, havia uma elevação de uns dez centímetros, que teoricamente era a pista de dança, teoricamente porque dançávamos em qualquer lugar de lá (menos nas áreas dos estafados pretos);

A primeira meia hora era música lenta. O repertório era (ou parecia ser) o mesmo. Sempre o mesmo!

Hoje ainda podemos notar, danceterias com esta características de repertório. É porque os frequantadores não atentam para estes detalhes, mas se notarmos bem, existem performances de Djs consagrados, que são as mesmas coisas, em qualquer apresentação que ele vá fazer.

Os principais hits da Faces, era:

Nacionais

Loiras Geladas (RPM); Ciúme / Rebelde Sem Causa (Ultrage a Rigor); Eu sou boy / Tic Tic nervoso (Magazine); Você não soube me amar (Blitz); Lágrimas e chuva (Kid Abelha); No balanço das horas (Metrô); As 7 vampiras (Leo Jaime); Dr. Silvana e Cia (Dr. Silvana); Óculos (Paralamas do Sucesso)

Internacionais

Tarzan Boy (Baltimora); Private Idaho, Monster (B 52’s); Dancing With Myself (Billy Idol); Girls Just Wanna Have Fun (Cindy Laupper); Maria Madalena (Sandra); Big in Japan (Alphaville); Rock me Amadeus (Falco

Lentas (na abertura)

Lover why (Century); Forever Young (Alphaville); Still Loving you (Scorpions)

Parava do nada, por volta das nove da noite; o que aconteceu, aconteceu; se não, uma semana se passaria;

Até hoje, só se tem informação de uma única briga que teria acontecido na “Faces”.

Na saída, os jovens ficavam sentados em um banco de cimento; todos lado a lado; podíamos esperar em paz, naquela época não haviam as “galeras”, nem violência ou perigo iminente.

Nos toca-fitas dos carros dos nossos pais (marca RoadStar ) tocava o hit do momento; Tetê Espíndola ‘Escrito nas estrelas’. 

Embora Trem da Alegria e Balão Mágico estivesse no topo na época, tais músicas jamais tocaram na Faces, afinal, tudo o que a gente NÃO queria “ser” ali era criança!

O pós-Faces de todo o domingo?

Assistir Show de Calouros no SBT (seguido de Sessão das Dez!), ou o restinho do Fantástico!

No fim da década de 80, a “Faces”  acabou, ninguém soube realmente o motivo.

Na década de 90, no local, funcionou um Boliche, e posteriormente, outra danceteria sem expressão dentre os jovens.

Hoje, o prédio ainda existe, e constantemente, é locado para empresas, escritórios e comércio.

Com o fim da Faces, logo logo a danceteria do momento seria a Red Zone.

 Faces in the Grove | Original

A FACES IN THE GROVE, que serviu de inspiração para a versão manauara, fica em Coconut Grove, Miami, Florida. (O nome traduzido "ROSTOS NO BOSQUE", seria uma referência a população da cidade na danceteria, pois Coconut Grove possui muitos bosques em seu entorno).

No entanto, a "FACES" original, não era muito frequentada por adolescentes como a nossa. O público, na maioria, eram de casais adultos que iam em busca de boa música, boa comida e bons vinhos.

A Boite-Restaurante, ficava no Centro Comercial em Mayfair, entrada principal de Coconut Grove, em Miami, a partir de Mary Street.

O DJ residente da FACES IN THE GROVE americana, era Scott Blackwell .

  

As fotos a seguir são da FACES IN THE GROVE DOS EUA

INFELIZMENTE NÃO HÁ REGISTROS FOTOGRÁFICOS DA NOSSA FACES