UTILIDADE PÚBLICA

quinta-feira, 10 de abril de 2014

PONTE RIO NEGRO


A Ponte Rio Negro é uma ponte estaiada da rodovia AM-070 (também chamada de Rodovia Manuel Urbano), que liga a cidade de Manaus ao município de Iranduba, no estado brasileiro do Amazonas. Foi inaugurada em 24 de outubro de 2011. É a única ponte que atravessa o trecho brasileiro do Rio Negro, sendo considerada como a maior ponte fluvial e estaiada do Brasil, com 3,6 quilômetros de extensão (3.595 metros). O custo total da Ponte Rio Negro foi de 1,099 bilhão de reais.

Construção

A Ponte Rio Negro começou a ser construída em 2007. Foram usados aço e cimento em quantidade suficiente para erguer três estádios do Maracanã. Devido a acidez das águas do Rio Negro, adicionou-se pozolana (material silicioso anticorrosivo) ao concreto empregado nas estacas e no tabuleiro.

Em 24 de outubro de 2011, aniversário de 342 anos da capital do Amazonas, a mesma foi inaugurada, com 3.595 metros a um custo de R$ 1,099 bilhões, pela atual presidente do país, Dilma Roussef, que garantiu uma promessa feita antes à cidade: a extensão da Zona Franca de Manaus por mais 50 anos e a extensão dos benefícios para toda a região metropolitana, garantindo a extensão de incentivos além do Polo Industrial de Manaus, possibilitando um maior desenvolvimento e o início de uma conurbação entre quatro municípios vizinhos, com a criação de empregos e a preservação do meio ambiente.

Vejam algumas características da Obra:

Valor da construção: R$ 1,099 bilhões
Comprimento da ponte: 3.595 metros
Ponto mais alto: 55 metros (altura)
Maior vão entre pilares: 200 metros (largura)
Mastro central: 158 metros (altura)
Quant. pilares: 74
Prazo de entrega da obra: 2010
Ponte sobre o rio Negro: estaiada, e em forma de diamante, ela poderá ser vista a 30 quilômetros de distância
Volume de concreto equivale a dois Maracanãs
Entrevista com o secretário da Região Metropolitana de Manaus, René Levy, sobre aspectos especiais da ponte que cruza o rio Negro nos ajuda a entender melhor esta mega-obra.
A ponte é a maior do Brasil sobre ambiente de água doce. O projeto se inspira em algum outro já construído ou ele apresenta inovações que a tornam uma obra diferenciada?
O projeto utiliza a tecnologia de Stay, já aplicada em outras pontes no Brasil como em outros países. Mas a diferença dela para as demais é o marque central e os dos dois vãos livres ao redor deste marque central, que tem 172 metros de altura, a partir do nível de água, e vãos livres de 55 metros de altura por 200 de largura. Isso da à ponte um formato em diamante e ela poderá ser vista a uma distância de até 30 quilômetros.
Em termos de sistema construtivo, há alguma novidade empregada na construção da ponte?
Nós tivemos alguns desafios muito grandes. Primeiro, por que estamos construindo num rio gigantesco, onde o menor trecho é exatamente este onde estamos construindo. Segundo, pelo vazio científico que se tinha da região, o que obrigou investigações geológicas para a implantação das fundações. A obra exigiu camisas metálicas de grandes proporções. Nós temos a menor delas em torno de dois metros e vinte centímetros de diâmetro e a maior de dois metros e meio de diâmetro. Elas estão cravadas num leito absolutamente desconhecido e com uma força d’água respeitável. Tínhamos pouco conhecimento da corrente e das profundidades variáveis do rio. Isso torna a obra um desafio diário e exige novidades tecnológicas, como a aplicação de blocos de coroamento em casca para suportar a força do rio Negro e suas cheias.
O concreto empregado na obra tem algum componente diferenciado?
Uma curiosidade é que é um concreto resfriado, em função do volume necessário para fazer a concretagem das fundações, que às vezes alcançam mais de 90 metros de comprimento e que demoram algo em torno de dez horas para concretar. Então houve a necessidade de se resfriar o concreto. O material é misturado com gelo para que haja uma cura homogênea e se evite qualquer área de fragilidade.
O rio Negro, pela sua dimensão, tem exigido estratégias de engenharia diferenciadas para a realização da obra?
Como eu citei anteriormente, o grande desafio era o desconhecimento geológico, geotécnico e hidrológico do rio. Para a obra suportar todo esse impacto, posso afirmar que há, submerso no rio Negro, um volume de concreto equivalente ao estádio Maracanã. E sobre as águas do rio haverá um outro Maracanã em concreto.
Características do projeto

* Comprimento total da ponte – 3.595 m
* Número de vãos – 73
* Extensão do trecho estaiado – 400,0 m
* Extensão do vão central – 2 x 200,0 m
* Largura da seção tipo – 20,70 m
* Largura da seção estaiada – 24,60 m
* Altura do vão central – 55 m
* Altura do mastro central – 103 m
* Número total de estais – 56 m
* Total de vigas pré-moldadas – 213
* Número total de estacas escavada – 246
* Volume de concreto por estaca: 2.800 sacos de cimento
Curiosidades
* Concreto Estrutural (m3) – 138.000 – equivalente a 25 prédios de 20 andares
* Aço CA-50 (toneladas) – 12.300 – equivalente 20 balsas cheias de aço
* Aço CP-190 RB (toneladas) – 1.630
* Aço CP-172 RB (toneladas) – 570
* Cimento – um milhão de sacas de cimento
* Vigas Pré-moldadas 45 metros (peças) – 213
* Pilares /apoios (unidades) – 74
* Base de Solo-Areia-Seixo (m3) – 47.000
* Revestimento Betuminoso (toneladas) – 72.000
Jornalista responsável – Altair Santos MTB 2330 – Vogg Branded Conten



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